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A preparação do solo é parte essencial para garantir uma boa colheita. É por isso que a Fazenda Escola Capão da Onça da UEPG aproveita a entressafra de verão para fazer o plantio de cobertura, uma cultura sem finalidade comercial, mas com objetivo de proteger o solo. É também motivo para aumentar as pesquisas sobre o tema. O plantio é realizado em áreas que, até o verão, tinham soja, milho e feijão, e agora recebem o nabo forrageiro. Essa espécie contribui para melhorar a nutrição e descompactar o solo, evita o crescimento de plantas daninhas e atrai polinizadores que melhoram a produção. O processo de uso do nabo como cultura antecessora pode gerar um aumento na produtividade que, no caso do milho, chega a até 25%, de acordo com pesquisas. O nabo possui uma raiz agressiva que cumpre a função de romper camadas do solo, formar galerias e permitir maior penetração de água, contribuindo na descompactação. Além disso, possui uma função nutricional ao disponibilizar substâncias para a cultura que vem em seguida. Nitrogênio, potássio e fósforo são alguns dos principais nutrientes fornecidos. É uma planta que num período de 60 dias já se desenvolve e floresce. Com isso, ela absorve nutrientes do solo e os traz para a superfície. Outra característica é o fato da planta ter flores atrativas para as abelhas, devido à disponibilidade do pólen. Após o plantio e crescimento do nabo, chega a hora de fazer o rolamento. Para isso, a equipe da Fazenda Escola usa um trator equipado com um rolo compressor, que tomba as plantas para que fiquem na horizontal, Assim, o nabo vai disponibilizar os nutrientes que ficaram sob o solo para a cultura que vem na sequência. Após o rolamento é feita a aplicação de herbicidas que aceleram a morte da planta. Isso é feito para que, no verão, quando for cultivar milho e feijão, o nabo já tenha disponibilizado todos os benefícios. Na Fazenda Escola, esse processo já foi feito e, com isso, a disponibilidade é para iniciar o plantio entre o final de agosto e início de setembro. (Repórter: Gustavo Vaz)