Nadar em cavas é um risco para os banhistas, alerta Corpo de Bombeiros

21/12/2021
Com a chegada do calor, as pessoas buscam as praias, rios e cachoeiras para se banhar e ter momentos de lazer, e até mesmo os que procuram as cavas da Região Metropolitana de Curitiba e de outras regiões do Estado, que são locais perigosos e impróprios para banho, não recomendados pelo Corpo de Bombeiros. As cavas são locais geralmente distantes ou em propriedades privadas, onde até mesmo o socorro fica mais difícil em uma situação de afogamento. Segundo a porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitã Keyla Karas, geralmente a água é imprópria para banho e esconde muitos riscos, principalmente aos que se arriscam fazendo saltos, o que pode potencializar lesões devido ao choque com a vegetação e pedras no fundo. Outro ponto importante é que não há Posto de Guarda-Vidas em áreas com cavas, assim, caso uma pessoa entre na água e aconteça uma emergência, vai ter que aguardar a chegada das equipes de socorro. A principal recomendação é que os veranistas procurem somente praias e rios onde há guarda-vidas militar ou civil, que são profissionais preparados para prestar todo o atendimento necessário em caso de afogamento. Além dos riscos de acidentes, os banhistas precisam estar atentos à qualidade das águas de cavas. Alguns destes lagos artificiais surgiram a partir de escavações inativadas, que eram utilizadas para extração de minerais, e inundaram por meio de lençóis freáticos e incidência de chuvas. A extração desses minerais pode ter impacto na contaminação tanto do solo, quanto da água, o que traz riscos à saúde. Em caso de afogamento, a orientação do Corpo de Bombeiros é acionar uma equipe de emergência. A instituição está reforçando a conscientização sobre as cavas para alertar a população a não frequentar esses locais. No dia 05 de dezembro, um adolescente de 12 anos morreu afogado em uma cava no bairro Campina da Barra, na cidade de Araucária, na Grande Curitiba. O corpo foi resgatado pelo Grupo de Operações de Socorro Tático. (Repórter: Felippe Salles)