No Mês da Mulher, conheça a história de duas engenheiras fiscais do Paranacidade

14/03/2023
Responsável por apoiar financeiramente os projetos demandados e apresentados pelos prefeitos dos 399 municípios do Paraná, o Serviço Social Autônomo Paranacidade, que trabalha em consonância com as ações da Secretaria das Cidades, tem 110 servidores, somando Capital e Interior, e 50 são mulheres, incluindo a superintendente-executiva, Camila Scucato Mileke. Conquistar esse espaço não foi fácil. A área é predominantemente masculina, assim como os prefeitos que são recepcionados para solicitar pavimentações, parques, praças, escolas, unidades de saúde, veículos, barracões industriais, centros de convivência e piscinas públicas, mas o Paranacidade chega a 2023 perto da paridade de cargos e com protagonistas em várias áreas. Além de Camila, a Controladoria Geral do Paranacidade é comandada por Thaís Fernanda Ortega Santos e a Coordenadoria de Projetos está sob comando de Virgínia Nalini. No pó e no barro, sob chuva e sol, são 11 engenheiras civis. Elas são responsáveis por medir e fiscalizar as obras. Para exemplificar esse trabalho, no Mês da Mulher, a Agência Estadual de Notícias apresenta os trabalhos de Nágila Terezinha Freiria, de Ponta Grossa, e Luciana Ramos Dobis, de Curitiba. Nágila é engenheira civil, formada pela Universidade Federal do Paraná em 1995. Também tem Mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental e o próximo passo é o Doutorado em Planejamento Urbano. Em 2004, fez o primeiro contato com o Paranacidade ao trabalhar na Associação dos Municípios dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, que representa os interesses de 19 cidades. No ano seguinte foi aprovada em um concurso público, começou a trabalhar na unidade do Paranacidade em Guarapuava e em pouco tempo voltou para Ponta Grossa, onde está até hoje. // SONORA NÁGILA TEREZINHA FREIRIA //

A engenheira conta que essa vocação para a área de exatas a acompanha desde os 10 anos de idade. O pai, ao ver a paixão da filha, pedia que ela fiscalizasse as obras que eram feitas na casa da própria família. O tempo passou e a profissão se manteve. Na Capital de Paraná atua a engenheira civil Luciana Ramos Dobis, formada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, em 1999. Versátil, ela diz que, na infância e adolescência, era encantada não só com números, mas também com a estética e a transformação que a arte, aliada à técnica, proporciona na sociedade. Quando Luciana frequentou Engenharia, a partir de 1995, já havia mais equilíbrio de gênero na sala de aula, mas ainda longe da paridade. Trabalhando no Paranacidade desde o início do século, Luciana fez centenas de medições em obras e ainda sente prazer em ver a transformação do antes e do depois. // SONORA LUCIANA RAMOS DOBIS //

Só em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, Luciana tem a responsabilidade de supervisionar oito obras, que já estão nos acabamentos. O próximo passo? Fazer especialização e doutorado. Luciana quer aprimorar ainda mais em sua profissão. (Repórter: Nathália Gonçalves)