Novos arranjos de pesquisa do Paraná estão promovendo construção coletiva da ciência

20/12/2022
A Semana Geral dos NAPIs, Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação, promovida pela Fundação Araucária em parceria com a Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, reuniu os trabalhos e resultados dos mais de 30 NAPIs em andamento no Estado. Eles reúnem pesquisadores, autoridades e sociedade civil. As apresentações foram divididas em alguns temas: Transformação Digital, Desenvolvimento Sustentável, Agricultura e Negócios, Biotecnologia e Saúde, Energias Renováveis, Cidades Inteligentes e Sociedade, Educação e Economia. Os NAPIs são direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estaduais, de forma integrada, para melhorar o aproveitamento de ativos já existentes. A ênfase do trabalho está na melhor mobilização e integração entre território, empresas líderes, terceiro setor e fatores-chave de desenvolvimento das regiões do Estado. O NAPI Bioinformática foi lançado em 2021 e promove a busca de soluções tecnológicas. Segundo o professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa e articulador do NAPI Bioinformática, Roberto Artoni, o grande desafio é reunir os dados e informações dos organismos de uma maneira que possam ser utilizados mais efetivamente. //SONORA ROBERTO ARTONI//

Já o NAPI Biogás tenta fazer do Paraná, o maior produtor brasileiro de proteína animal, cujas exportações alcançam 190 países, também uma referência em "pré-sal caipira". O Paraná já conta com programas estaduais que estimulam essa prática, seja com financiamentos via Banco do Agricultor ou chamadas públicas da Compagas e Copel. O Estado tem inclusive uma cidade cujo rede de iluminação nos prédios públicos é fruto de uma iniciativa com biogás. De acordo com o coordenador de energias renováveis do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e integrante do NAPI Biogás, Herlon Almeida, o objetivo é aproveitar os dejetos animais e resíduos agroindustriais na geração de biogás e biometano. //SONORA HERLON ALMEIDA//

Os NAPIs Educação para a Ciência, Fenômenos Extremos do Universo, Educação do Futuro e Startup Life também foram tema de discussão. Desenvolver estudos e pesquisas sobre inovações nos sistemas de educação pública pós-pandemia, a fim de contribuir com políticas que favoreçam o desenvolvimento da educação, é o grande objetivo do NAPI Educação do Futuro. Já o NAPI Fenômenos Extremos do Universo mapeia o Paraná do futuro. O grupo tem o objetivo de ampliar e consolidar a presença brasileira nas áreas de Astronomia, Cosmologia e Gravitação. Todas as apresentações estão disponíveis no canal da Fundação Araucária no YouTube. Mais informações sobre outras apresentações estão no site oficial da entidade. (Repórter: Alexandre Nassa)