Paraná amplia Projeto Sasakawa, referência mundial no combate à hanseníase

31/07/2023
A Sesa, Secretaria Estadual da Saúde, ampliou o Projeto Sasakawa, conhecido internacionalmente por atuar em diversas frentes relativas aos casos da hanseníase. Agora foi a vez do município de Pontal do Paraná, de abrangência da 1ª Regional de Paranaguá, aderir ao programa. Além dele, o município de Reserva, de abrangência da 21ª Regional de Telêmaco Borba, também implementou a iniciativa neste ano. Em 2022, Doutor Ulysses na Região Metropolitana de Curitiba, e Piraí do Sul, nos Campos Gerais, já haviam aderido. Os quatro locais escolhidos apresentam média e baixa carga da doença, mas ainda há algum tipo de fragilidade na detecção precoce de casos. O objetivo desta ampliação é fortalecer a Atenção Primária à Saúde, com o desenvolvimento de ações voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento oportuno, vigilância de contatos e prevenção, especialmente em menores de 15 anos, além do enfrentamento do estigma e discriminação, através de capacitações em serviço. O projeto nipônico é uma parceria entre o governo federal, Organização Pan-Americana da Saúde e a Sasakawa/Nippon Foundation, com a participação dos estados. A instituição é representativa na área e seu fundador, que leva o nome do projeto, foi nomeado como Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial da Saúde para a eliminação da doença. O projeto iniciou de forma remota em 2021 e segue até ao final do ano. A chefe da Divisão de Saúde da Família da Sesa, Rosiane Aparecida da Silva, alerta que o Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo lugar em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia. // SONORA ROSIANE APARECIDA //

A Sesa tem o Plano Estratégico de Controle da Hanseníase no Paraná, o qual prevê ações integradas entre Vigilância e Atenção à Saúde que, apoiadas pela assistência farmacêutica e laboratorial e promoção da saúde, coordenam as estratégias para o controle da hanseníase no Paraná. A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, o bacilo de Hansen, que acomete os nervos e a pele. Sem tratamento, a condição pode evoluir para deformidades e graves sequelas. A transmissão ocorre pela via aérea, por gotículas, e requer um contato frequente e prolongado com a pessoa infectada. Como os sintomas demoram para aparecer, a pessoa pode passar anos sem perceber que está doente. O preconceito e o estigma que cercam a doença também são pontos importantes, motivos pelos quais alguns pacientes escondem sua condição e até não a informam aos contatos, o que dificulta ainda mais a quebra da cadeia de transmissão. A doença tem cura e cessa a transmissão assim que iniciado o tratamento, que é oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS. (Repórter: Nathália Gonçalves)