Paraná bateu recorde em exportação de carne suína em setembro

31/10/2024
Setembro foi o melhor mês para a exportação de carne suína paranaense desde 1997, quando começou a série histórica do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o setor agropecuário no comércio exterior. Foram enviadas cerca de 18 mil e 600 toneladas para o Exterior, com receita de 47 milhões e 700 mil dólares. No mesmo mês do ano passado o Paraná tinha vendido 9% a menos que neste ano, enquanto o volume arrecadado foi de 25% a menos. A análise do Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral, o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 25 a 31 de outubro, também destaca grandes volumes adquiridos por países novos na pauta de importação de suínos paranaenses, como Filipinas e República Dominicana, além do crescimento de vendas ao Vietnã. Quem explica esse cenário é a veterinária do Deral, Priscila Cavalheiro Marcenovicz. // SONORA PRISCILA CAVALHEIRO MARCENOVICZ //

A desvalorização do real, as exportações recorde e a oferta limitada de animais no mercado interno provocaram fortes altas nos principais cortes bovinos nos mercados paranaenses. Com exceção da carne moída de primeira e da paleta com osso, todos os cortes pesquisados pelo Deral apresentaram aumento expressivo. A estimativa é que os preços permaneçam mais elevados no médio prazo. Por conta disso, a tendência é que o consumidor prefira proteínas mais baratas, como a carne suína e de frango. O boletim registra ainda que as exportações brasileiras de carne de frango tiveram redução de 0,7% em volume e 3,9% em faturamento nos nove primeiros meses de 2024. Para o Paraná, que é o primeiro produtor e primeiro exportador no País, o mercado internacional foi mais favorável. As exportações de mel brasileiro também tiveram aumento nos primeiros nove meses, chegando a 27 mil e 800 toneladas. O documento do Deral faz referência também ao patamar alto de remuneração para os produtores de mandioca no Estado. Em abril deste ano a tonelada foi cotada a 433 reais 40 e centavos. A partir daí passou a se valorizar cada vez mais, chegando a 647 reais e 19 centavos nesta quarta-feira. A valorização financeira animou os produtores, que também comemoraram a volta das chuvas. Em relação a soja e o milho a safra evolui normalmente, com condições de clima favoráveis para o plantio e para o desenvolvimento das lavouras já semeadas. O boletim completo está disponível no site agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Gabriel Ramos)