Paraná conclui a Piracema após cinco forças-tarefas de fiscalização e soltura de mais 770 mil peixes nativos

01/03/2022
A Piracema, período de restrição à pesca de espécies nativas para preservar a reprodução, chegou ao fim após 120 dias, cinco forças-tarefas de fiscalização e o repovoamento dos rios com 770 mil peixes através do Programa Rio Vivo. O período começou em 1º de novembro do ano passado e terminou nesta segunda-feira. A restrição é determinada pelo IAT há mais de 15 anos, em cumprimento à uma Instrução Normativa do Ibama. A Piracema é instituída para respeitar a reprodução de todas as espécies nativas do Estado. Entre as espécies protegidas no período estão bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva. Não entram na restrição as espécies consideradas exóticas, que foram introduzidas no meio ambiente pelo homem, e nem as espécies híbridas, que são organismos resultantes do cruzamento de duas espécies. Considerando o comportamento migratório e de reprodução das espécies nativas, a pesca é proibida na bacia hidrográfica do Rio Paraná, que compreende o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio. Desde agosto de 2021, uma resolução da Sedest define normas para estocagem ou repovoamento de peixes no Paraná. Já foram soltos um milhão e 400 mil peixes nativos nas Bacias Hidrográficas dos rios Ivaí, Paraná, Paranapanema e Iguaçu. Até o final do ano, devem ser soltos mais um milhão e 200 mil. Ao longo do Piracema, o IAT promoveu cinco operações de força-tarefa para coibir o desrespeito com as normativas e levar orientação aos pescadores. O órgão também cumpriu uma denúncia que identificou a venda ilegal de peixes em comércio. O transporte e a comercialização também são fiscalizados no período. Em cinco forças-tarefas e uma fiscalização por denúncia, foram apreendidos em comércios o total de 206 quilos de peixes nativos à venda. Eles foram apreendidos e doados para instituições de caridade. As fiscalizações também resultaram em notificações e multas de mais de 328 mil reais, além de apreensões de equipamentos de pesca. Foram apreendidos quatro mil 667 metros de redes de malhas diversas; 38 catueiros; 35 molinetes; nove tarrafas; 15 espinhéis; mais de 800 metros de cordas de espinhéis; 103 boias loucas; 15 caniços de bambu; 301 anzóis de galho; 26 carretilhas; 46 caniços e 69 varas telescópicas. (Repórter: Felippe Salles)