Paraná cria grupo técnico para proteger os cultivos florestais do Estado

02/08/2023
A madeira representa o terceiro produto de exportação do agronegócio paranaense, com área total plantada superior a um milhão e 100 mil hectares, que produz, em média, mais de 116 metros cúbicos por dia. O setor emprega mais de 100 mil pessoas nas cinco mil 680 empresas do segmento. Para preservar esse patrimônio, foi instituído nesta quarta-feira o Grupo Técnico de Defesa Florestal, GT-Deflo, que une entidades públicas e privadas. O grupo terá como função estabelecer diretrizes e ações de controle, monitoramento, prevenção e erradicação de pragas florestais que possam colocar em risco esse segmento de interesse econômico para o Estado. Ele foi criado por meio de uma Resolução Conjunta da Seab, Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, e da Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. O Estado é responsável por mais de 55% do volume de madeira de pinus produzida no Brasil e líder em exportação de compensados de pinus, painéis reconstituídos e molduras. No setor de papel, é o segundo maior exportador. Segundo levantamento da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal, em 2020 as empresas paranaenses de celulose apresentaram maior participação no segmento no País, com 25,5%. O Paraná é também responsável por aproximadamente 16,5% dos empregos do setor florestal do Brasil. Com grande valorização de preços em 2022, os produtos florestais apresentaram crescimento real de 37% no VBP, Valor Bruto de Produção, alcançando nove bilhões e 400 milhões de reais, de acordo com os dados preliminares divulgados pelo Departamento de Economia Rural, da Seab. O destaque ficou para as toras para papel e celulose que dobraram de valor, atingindo um bilhão e 800 milhões de reais. O mercado aquecido tanto internamente quanto no Exterior para toras de serraria e laminação também levou a um aumento de 40% no VBP desses produtos, que somaram cinco bilhões e 500 milhões. No Paraná, foram extraídos mais de 28 milhões de metros cúbicos dessas toras. Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)