Paraná e Santa Catarina vão fortalecer defesa agropecuária em conjunto

12/12/2019
O Paraná e Santa Catarina vão intensificar a defesa agropecuária nas divisas e na fronteira com a Argentina. Representantes dos dois estados se reuniram quarta-feira, em Barracão, no Sudoeste, para debater estratégias de controle do trânsito de animais. A atividade faz parte de uma série de ações que o Paraná adotou para reforçar a fiscalização com a suspensão da vacinação contra febre aftosa. O encontro teve a presença de representantes das agências de defesa, órgãos de segurança pública dos dois estados e o Exército. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que o objetivo desse processo é aumentar a presença do Paraná no comércio mundial.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Santa Catarina deixou de vacinar o rebanho contra febre aftosa em 2000 e obteve o reconhecimento da OIE, a Organização Mundial de Saúde Animal, em 2007. Com isso, conquistou novas fatias de mercados em países que não compram carnes de animais vacinados. Segundo a presidente da Cidasc, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Luciane de Cássia Surdi, há interesses em comum com o Paraná no que diz respeito ao aumento na fiscalização.// SONORA LUCIANE SURDI.//

O presidente da Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Otamir Cesar Martins, explicou que a proibição da entrada de animais vacinados é mais uma etapa de um longo trabalho que o Estado desenvolve para fortalecer a defesa agropecuária. Para o secretário estadual da Segurança Pública, Rômulo Marinho, a reunião ajudou a criar mais um elo importante entre o Paraná e Santa Catarina, e afirmou que o próximo passo é criar um gabinete de gestão integrada, alinhando o planejamento estratégico, trabalho de inteligência e valorização de boas práticas.// SONORA ROMULO MARINHO.//

A partir de 1º de janeiro, estará proibida a entrada em território paranaense de animais vacinados contra a doença, com exceção daqueles destinados ao abate imediato. No Paraná, uso e comercialização de vacinas já estão proibidos desde outubro. (Repórter: Wyllian Soppa)