Paraná é o 1º estado a unir todos os Poderes no Pacto Nacional pela Consciência Vacinal

28/04/2023
O Paraná é o primeiro estado brasileiro a aderir em massa ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, iniciativa lançada no final do ano passado pelo CNMP, Conselho Nacional do Ministério Público, para ampliar os índices de imunização no País. A expectativa é reunir diversas instituições em uma grande campanha para retomar os índices seguros e homogêneos de cobertura vacinal em todo território nacional. A assinatura de adesão aconteceu nesta sexta-feira e incluiu poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de outros órgãos. O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que, a partir de um esforço conjunto, a iniciativa pode contribuir com o Estado e os municípios para que consigam tornar a imunização cada vez mais acessível.// SONORA RATINHO JUNIOR.//

Uma das propostas do Pacto Nacional é promover amplas campanhas de comunicação buscando a adesão da população ao PNI, Programa Nacional de Imunizações. Para isso, o Ministério Público vai trabalhar de forma conjunta com as secretarias estaduais e municipais de Educação e Saúde, Conselhos Municipais de Educação, dos Direitos da Criança e do Adolescente, e de Saúde, além de Conselhos Tutelares, para definir estratégias adequadas de ampliação da cobertura vacinal, explica Jayme Neto, presidente da Comissão de Saúde do CNMP, que coordena o Pacto Nacional.// SONORA JAYME NETO.//

Também foi desenvolvido um material informativo que será disponibilizado aos membros do Ministério Público nos estados, com atribuições da efetividade da política de saúde. O Brasil já foi referência mundial em imunização, graças a ações como o PNI, mas tem observado uma queda na cobertura vacinal nos últimos anos. De acordo com o Unicef, entre 2019 e 2021, houve redução de 93% para 71% no índice de crianças brasileiras vacinadas com a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e de 84% para 67% na vacinação contra a poliomielite. No Paraná, apesar de campanhas regulares pela imunização, os índices também têm reduzido. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, observa-se uma diminuição nas coberturas vacinais das oito vacinas indicadas para as crianças menores de um ano de idade desde 2015. Com isso, há um grande número de pessoas não vacinadas, o que aumenta o risco de reintrodução de doenças. A assinatura do pacto, ressaltou o secretário da Saúde, Beto Preto, representa uma união de esforços para retomar os bons índices de imunização.// SONORA BETO PRETO.//

A cobertura imunológica contra a poliomielite, por exemplo, passou de 90,5%, em 2015, para 83,25% em 2022. No mesmo período, a aplicação da BCG, que protege contra a tuberculose, reduziu de 101%, vacinando mais do que a população prevista para aquele ano, para 87,5% no ano passado. A queda na vacinação não tem um motivo isolado e inclui fatores como desinformação, hesitação vacinal, baixa percepção de risco, problemas no abastecimento de determinados imunobiológicos e até mesmo o horário restrito de funcionamento das salas de vacinas. Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)