Paraná inicia sistema de transfusão de sangue nos resgates aeromédicos
14/10/2022
O serviço aeromédico da Sesa, Secretaria de Estado da Saúde da base de Maringá deve iniciar na próxima segunda-feira um projeto inovador e experimental para realização de transfusões de sangue em pacientes graves no local da ocorrência, mesmo antes de serem encaminhados ao hospital. Trata-se, na prática, de um sistema que permite esse tipo de procedimento já no local do acidente ou no helicóptero, durante o percurso até o internamento, o que hoje não é possível. Foi instalada, dentro da base aeromédica de Maringá, uma sala somente para o acondicionamento das bolsas de sangue tipo “O Negativo”, considerado universal, ou seja, que pode ser transfundido em qualquer pessoa, até o momento dos acionamentos, que é quando serão colocadas dentro de uma caixa específica para este transporte, e enviadas até o local da ocorrência. Segundo o projeto, as bolsas que não forem utilizadas no período de até quatro dias serão devolvidas ao Hemocentro para que sejam utilizadas por outros pacientes, como já é realizado rotineiramente. A validade desta bolsa de sangue é de até 42 dias. Após o atendimento pelo serviço aeromédico esses pacientes transfundidos serão encaminhados necessariamente para o Hospital Universitário Regional de Maringá, referência para a continuidade dos procedimentos. A iniciativa visa dar maior sobrevida aos pacientes vítimas de acidentes graves, principalmente em casos de hemorragia. No Brasil, este serviço de transfusões fora da unidade hospitalar foi implantado inicialmente no município de Bragança Paulista, em São Paulo, que utiliza bolsas de sangue em ambulâncias do Samu e, também no estado de Santa Catarina, que iniciou recentemente o sistema no helicóptero dos bombeiros e do Samu. A ideia é expandir futuramente este serviço para as outras quatro bases aeromédicas do Estado, localizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel e Londrina. Todas as medidas são necessárias para a garantia da qualidade deste serviço, que é fundamental para a área de urgência e emergência. De acordo com o diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak, a maior causa de mortes precoces em traumas é o sangramento, e a reposição desse sangue por transfusão reduz significativamente o risco de agravamento do quadro clínico e óbito do paciente.//SONORA FILIPAK//
A diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza, ressalta que os profissionais do serviço aeromédico foram treinados para garantir que todo o processo transfusional seja realizado de acordo com os protocolos exigidos, garantindo a rastreabilidade total e necessidade de cada paciente.//SONORA LIANA SOUZA//
Desde o início da implantação do serviço aeromédico no Paraná, mais de 23 mil atendimentos já foram registrados. Só este ano, as aeronaves já realizaram 2 mil e 400 voos. A base de Maringá possui quase seis anos de atuação e registra 3 mil e 500 acionamentos em toda a história. Destes, a base avaliou que grande parte dos pacientes atendidos foi de acidentados graves que poderiam se enquadrar no novo protocolo de transfusão. Cada base é responsável por uma área de atendimento de até 250 quilômetros do seu ponto de origem, com voos de até duas horas de duração para possibilitar ida e volta sem a necessidade de abastecimento. Atualmente todo o Paraná é coberto pelas cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Somente a base de Maringá, por exemplo, atinge municípios de parte das macrorregiões Noroeste, Norte e Leste, num total de aproximadamente 2 milhões de paranaenses. (Repórter: Alexandre Nassa)
A diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza, ressalta que os profissionais do serviço aeromédico foram treinados para garantir que todo o processo transfusional seja realizado de acordo com os protocolos exigidos, garantindo a rastreabilidade total e necessidade de cada paciente.//SONORA LIANA SOUZA//
Desde o início da implantação do serviço aeromédico no Paraná, mais de 23 mil atendimentos já foram registrados. Só este ano, as aeronaves já realizaram 2 mil e 400 voos. A base de Maringá possui quase seis anos de atuação e registra 3 mil e 500 acionamentos em toda a história. Destes, a base avaliou que grande parte dos pacientes atendidos foi de acidentados graves que poderiam se enquadrar no novo protocolo de transfusão. Cada base é responsável por uma área de atendimento de até 250 quilômetros do seu ponto de origem, com voos de até duas horas de duração para possibilitar ida e volta sem a necessidade de abastecimento. Atualmente todo o Paraná é coberto pelas cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Somente a base de Maringá, por exemplo, atinge municípios de parte das macrorregiões Noroeste, Norte e Leste, num total de aproximadamente 2 milhões de paranaenses. (Repórter: Alexandre Nassa)