Paraná registra queda de feminicídios em 2021, mas forças policiais mantêm vigilância
22/07/2021
O número de mulheres vítimas de feminicídio caiu 17,65% nos primeiros cinco meses de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado, de 34 para 28 registros, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Os dados sobre o crime e informações sobre a atuação das forças de segurança são destacados nesta quinta-feira, 22 de julho, Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. As forças policiais atuam na prevenção, investigação e atendimento às mulheres.
O secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, afirmou que o objetivo é diminuir ainda mais o número de mulheres vítimas de violência no Estado. Ele destacou que políticas públicas e ações estão sendo aplicadas e a tendência é mais redução nos registros.
A violência contra a mulher passou a ser tratada com mais rigor com a atualização do código penal, que estabeleceu o Feminicídio como uma circunstância qualificadora do crime de homicídio. Há critérios legais que caracterizam a tipificação, como a violência doméstica ou familiar e a discriminação contra a condição da mulher.
Em maio de 2020, a informação sobre registros de vítimas de feminicídios no Paraná passou a ser divulgado em coluna específica no site da Secretaria da Segurança Pública, no Relatório de Crimes Relativos à Mortes. Antes, a informação era divulgada junto com os dados gerais de homicídios. A medida possibilitou mais transparência sobre esta modalidade de crime e maior precisão no mapeamento dos casos para que, desta forma, os órgãos de segurança do Estado possam atuar com mais precisão para diminuir os índices.
Segundo a coordenadora das Delegacias da Mulher no Estado, delegada Ana Claudia Machado,todas as delegacias podem atender esse tipo de caso, pois os policiais, homens ou mulheres, são preparados para dar o atendimento necessário às vítimas, sendo em delegacia especializada ou não. A delegada, disse ainda, que o feminicídio é um crime evitável por revelar uma violência contínua sobre as mulheres. Por isso, em caso de vítimas de tentativas de feminicídio, o atendimento deve ser humanizado e livre de preconceitos e julgamentos. As diligências devem preservar a dignidade da mulher em situação de vítima e dos dependentes, buscando salvaguardar a integridade física, psíquica e emocional delas.
No processo de investigação, a Polícia Científica do Paraná exerce um papel essencial. Segundo o diretor-geral da corporação, Luiz Rodrigo Grochocki, a atuação se dá com os laboratórios, principalmente o de genética, para identificação da autoria do crime. Ele também ressaltou o sistema de atendimento de violência sexual, realizado nos hospitais credenciados à Secretaria Estadual da Saúde, nos quais o perito vai até a unidade hospitalar.
Na área de prevenção e atendimento de ocorrências emergências, a Polícia Militar do Paraná avançou com tecnologia e otimização nas ações. A principal inovação é o Botão do Pânico Virtual, lançado em março de 2021. Trata-se de uma ferramenta que agiliza o atendimento emergencial para mulheres que possuem medidas protetivas de urgência, concedidas através da Lei Maria da Penha.
Para ter o Botão do Pânico Virtual a mulher precisa fazer um cadastro com dados pessoais para instalar o aplicativo 190 PR. A autorização para ter serviço e inserção do documento de medida protetiva é concedida por determinação judicial.
Denúncias, podem ser feitas de forma totalmente anônima, por qualquer pessoa, pelo telefone do Disque Denúncia, o 181, ou pelo site www.181.pr.gov.br. O anonimato do denunciante é a base do Disque Denúncia 181. As denúncias garantem que os casos possam ser devidamente apurados e as vítimas sejam salvas em tempo, bem como que os agressores sejam presos.
Outro meio de denúncia é o serviço online para registrar Boletim de Ocorrência de violência doméstica e familiar contra mulher, pelo site www.policiacivil.pr.gov.br/BO, caso a vítima não consiga estar presente no local para a denúncia. (Repórter: Flávio Rehme)
Os dados sobre o crime e informações sobre a atuação das forças de segurança são destacados nesta quinta-feira, 22 de julho, Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. As forças policiais atuam na prevenção, investigação e atendimento às mulheres.
O secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, afirmou que o objetivo é diminuir ainda mais o número de mulheres vítimas de violência no Estado. Ele destacou que políticas públicas e ações estão sendo aplicadas e a tendência é mais redução nos registros.
A violência contra a mulher passou a ser tratada com mais rigor com a atualização do código penal, que estabeleceu o Feminicídio como uma circunstância qualificadora do crime de homicídio. Há critérios legais que caracterizam a tipificação, como a violência doméstica ou familiar e a discriminação contra a condição da mulher.
Em maio de 2020, a informação sobre registros de vítimas de feminicídios no Paraná passou a ser divulgado em coluna específica no site da Secretaria da Segurança Pública, no Relatório de Crimes Relativos à Mortes. Antes, a informação era divulgada junto com os dados gerais de homicídios. A medida possibilitou mais transparência sobre esta modalidade de crime e maior precisão no mapeamento dos casos para que, desta forma, os órgãos de segurança do Estado possam atuar com mais precisão para diminuir os índices.
Segundo a coordenadora das Delegacias da Mulher no Estado, delegada Ana Claudia Machado,todas as delegacias podem atender esse tipo de caso, pois os policiais, homens ou mulheres, são preparados para dar o atendimento necessário às vítimas, sendo em delegacia especializada ou não. A delegada, disse ainda, que o feminicídio é um crime evitável por revelar uma violência contínua sobre as mulheres. Por isso, em caso de vítimas de tentativas de feminicídio, o atendimento deve ser humanizado e livre de preconceitos e julgamentos. As diligências devem preservar a dignidade da mulher em situação de vítima e dos dependentes, buscando salvaguardar a integridade física, psíquica e emocional delas.
No processo de investigação, a Polícia Científica do Paraná exerce um papel essencial. Segundo o diretor-geral da corporação, Luiz Rodrigo Grochocki, a atuação se dá com os laboratórios, principalmente o de genética, para identificação da autoria do crime. Ele também ressaltou o sistema de atendimento de violência sexual, realizado nos hospitais credenciados à Secretaria Estadual da Saúde, nos quais o perito vai até a unidade hospitalar.
Na área de prevenção e atendimento de ocorrências emergências, a Polícia Militar do Paraná avançou com tecnologia e otimização nas ações. A principal inovação é o Botão do Pânico Virtual, lançado em março de 2021. Trata-se de uma ferramenta que agiliza o atendimento emergencial para mulheres que possuem medidas protetivas de urgência, concedidas através da Lei Maria da Penha.
Para ter o Botão do Pânico Virtual a mulher precisa fazer um cadastro com dados pessoais para instalar o aplicativo 190 PR. A autorização para ter serviço e inserção do documento de medida protetiva é concedida por determinação judicial.
Denúncias, podem ser feitas de forma totalmente anônima, por qualquer pessoa, pelo telefone do Disque Denúncia, o 181, ou pelo site www.181.pr.gov.br. O anonimato do denunciante é a base do Disque Denúncia 181. As denúncias garantem que os casos possam ser devidamente apurados e as vítimas sejam salvas em tempo, bem como que os agressores sejam presos.
Outro meio de denúncia é o serviço online para registrar Boletim de Ocorrência de violência doméstica e familiar contra mulher, pelo site www.policiacivil.pr.gov.br/BO, caso a vítima não consiga estar presente no local para a denúncia. (Repórter: Flávio Rehme)