Paraná tem queda de 85% nos casos de dengue em 2025, aponta Secretaria da Saúde

07/08/2025
O Paraná apresentou uma queda expressiva nos indicadores da dengue neste ano. Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que entre janeiro e julho o número de casos confirmados da doença caiu 85% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 613.371 para 87.598. A redução também foi observada nas mortes, que passaram de 729 em 2024 para 129 em 2025, numa queda de 82%. Já o número de notificações da doença teve redução de 72%, caindo de quase 911 mil para cerca de 254 mil. O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, frisou que a queda nos números não pode significar um relaxamento no cuidado de prevenção com a doença. // SONORA BETO PRETO // 

Alguns municípios já usavam armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti, e este ano, após a implementação da estratégia como política pelo Ministério da Saúde, o Paraná reforçou a ação. As ovitrampas funcionam como um criadouro para que a fêmea do mosquito deposite ovos. Após a instalação, os municípios vistoriam as unidades periodicamente, contando e identificando laboratorialmente a quantidade de ovos encontrados em cada ovitrampa. Esse dado representa a densidade do vetor nas áreas urbanas e permite que as ações de combate sejam melhor direcionadas. Atualmente, 170 municípios já iniciaram a implantação dessas armadilhas. A Secretaria da Saúde também oferece apoio técnico para implantação de tecnologias como a borrifação residual intradomiciliar e o método Wolbachia, que já resultou na liberação de mais de 94 milhões de insetos em Londrina e Foz do Iguaçu. O método consiste na soltura de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que quando presente no inseto impede o desenvolvimento dos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika, reduzindo a transmissão dessas doenças. O Paraná também ganhou recentemente a maior biofábrica do mundo de mosquitos com a bactéria, os chamados Wolbitos, no Parque Tecnológico da Saúde do Governo do Paraná, em Curitiba. Desenvolvido e aplicado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz, o método é uma estratégia para o controle dessas doenças. Desde o ano passado, a técnica é parte do combate nacional às arboviroses do Ministério da Saúde. A unidade de Curitiba tem capacidade estimada de até 100 milhões de ovos de mosquitos por semana. (Repórter: Gustavo Vaz)