Paraná teve a menor taxa de recusa familiar para doação de órgãos do Brasil em 2024

27/09/2025
No Brasil, a decisão de doar órgãos só pode ser confirmada com autorização da família, mesmo que o paciente tenha manifestado vontade em vida. No Paraná, esse processo tem ganhado destaque nacional. Em 2024, o Estado registrou a menor taxa de recusa familiar do País: apenas 28%, contra a média brasileira de 46%. Foram feitas 854 entrevistas, com 236 recusas. No Brasil, o total foi de 8 mil 915 entrevistas e mais de 4 mil recusas. De janeiro a junho deste ano, a taxa de recusa no Paraná ficou em 31%, ainda abaixo da média nacional, de 45%. Para comparação, São Paulo registrou 39% e o Rio Grande do Sul 47%. O secretário da saúde, Beto Preto, reforça os bons números. // SONORA BETO PRETO //

O bom desempenho do Paraná se deve ao trabalho das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. Hoje, são 70 comissões instaladas em hospitais, com mais de 700 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Eles são responsáveis por identificar potenciais doadores, acolher as famílias e organizar o processo de captação junto à Central Estadual de Transplantes. Esse esforço fez o Paraná alcançar resultados expressivos. Em 2015, o Estado ocupava a 5ª posição no ranking nacional da Associação Brasileira de Transplantes. Já em 2023 e 2024, foi líder, com pouco mais de 42 doações por milhão de habitantes. Neste ano, os dados parciais colocam o Paraná na 2ª posição, atrás apenas de Santa Catarina. Setembro é marcado pela campanha Setembro Verde, dedicada à conscientização sobre a doação de órgãos. O Dia Nacional da Doação é celebrado em 27 de setembro, data criada por lei federal. (Repórter: Gabriel Ramos)