Paranaense com sangue raro é um dos doadores envolvidos em plano para salvar paciente do Piauí
30/03/2023
No início do mês, a Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde acionou os hemocentros do Brasil para identificar possíveis doadores do sangue raro “Kell-Null”. No Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Sangue Raro, há apenas três pessoas cadastradas com este tipo e uma delas é um paranaense de Foz do Iguaçu. O doador, que prefere não se identificar, foi convocado pela Hemorrede e fez a doação nesta quarta-feira. O sangue será usado em uma força-tarefa nacional: salvar a vida de uma paciente de 38 anos, internada com anemia em estado grave, em Teresina, no Piauí. Agora, o material é enviado para o Hemepar em Curitiba. De lá, o Ministério da Saúde providencia o transporte para o Piauí. Da doação em Foz do Iguaçu até a receptora em Teresina a bolsa com o Kell-Null vai percorrer mais de três mil quilômetros. Além dos populares A, B, AB e O, positivos e negativos, que se enquadram no sistema ABO combinado com o Rh, ao menos 43 sistemas que descrevem mais de 373 antígenos sanguíneos diferentes já foram identificados pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue. O que difere um do outro é, principalmente, a variação das proteínas que os compõem. Dentre os antígenos já conhecidos, o “Kell-Null” ou “fenótipo Bombaim” faz parte de uma subvariação do sistema Kell e é extremamente raro, sendo encontrado em apenas 0,01% da população mundial, mais frequentemente na Finlândia, Japão e Reino Unido. As pessoas que possuem esse fenótipo só podem receber doações de pessoas que tenham a mesma variação, o que dificulta, e muito, a procura por sangue compatível. A chefe de Divisão de Hemoterapia do Hemepar, Renata Pavese, explicou que o trabalho de identificação de tipos raros é feito no Paraná há mais de 30 anos. // SONORA RENATA PAVESE //
O Hemepar é credenciado no Cadastro Nacional para identificação de doadores com fenótipos raros. Toda vez que uma pessoa faz uma doação, esse sangue é encaminhado para processamento, onde são feitas as separações do sangue em componentes, além da realização de testes e fracionamento dos hemocomponentes para armazenamento. (Repórter: Gustavo Vaz)
O Hemepar é credenciado no Cadastro Nacional para identificação de doadores com fenótipos raros. Toda vez que uma pessoa faz uma doação, esse sangue é encaminhado para processamento, onde são feitas as separações do sangue em componentes, além da realização de testes e fracionamento dos hemocomponentes para armazenamento. (Repórter: Gustavo Vaz)