Pesquisa investiga mecanismos envolvidos na degradação do solo agrícola
22/06/2022
Estudos desenvolvidos pelos pesquisadores Cezar Francisco Araújo Jr., do IDR-Paraná, Pedro Rodolfo Siqueira Vendrame e Thadeu Rodrigues de Melo, ligados à UEL, Universidade Estadual de Londrina e Edivaldo Lopes Thomaz, da Unicentro, Universidade Estadual do Centro-Oeste, concluíram que quanto maior o agregado do solo, menor a resistência ao impacto da chuva. A pesquisa chegou a essa conclusão a partir de experimentos em latossolos de Guarapuava, Imbituva, Ivaiporã, Londrina e Mauá da Serra. O resultado do estudo foi publicado na conceituada revista científica Catena, especializada em artigos sobre geoecologia, hidrologia e geomorfologia. Latossolo é uma categoria de solos típicos de regiões tropicais, presentes em cerca de 40% do território brasileiro e ricos em silício, alumínio e ferro. Segundo Júnior, esse tipo de estudo permite entender a resistência dos solos à erosão hídrica acelerada, talvez o mais importante processo de degradação dos solos paranaenses. //SONORA JÚNIOR//
Agregado, por sua vez, é como os especialistas denominam a estrutura formada pela adesão de porções minerais de terra, como argila e areia, com restos da decomposição de vegetais, raízes, insetos mortos e outros materiais orgânicos —, tudo isso aglutinado por fungos, bactérias e minhocas, associada a processos físicos e químicos do próprio solo. É algo como um torrão, mas de composição bem mais complexa. Os agregados conferem porosidade aos solos, e isso beneficia o desenvolvimento das raízes das plantas, a circulação de água ao longo do perfil e a qualidade geral do terreno para fins agrícolas. Revolvimento do solo, circulação de máquinas, ciclos de umedecimento e secagem em função das chuvas ou de contração e expansão por períodos de veranico e, principalmente, o impacto direto das gotas de chuva são os fatores que contribuem para o rompimento dos agregados. Os pesquisadores submeteram agregados de diferentes tamanhos a diversos métodos de ruptura. Concluíram que o impacto direto de gotas de chuva reduz a estabilidade em 17% e é a maior fonte de desagregação em comparação, por exemplo, ao umedecimento e secagem lentos. O estudo verificou também que a resistência à desagregação é pequena nos latossolos vermelhos de Londrina e um pouco maior nos latossolos vermelho-amarelos que ocorrem em Mauá da Serra, Imbituva e Ivaiporã. Os latossolos brunos, em Guarapuava, são os mais resistentes. Mais informações sobre o estudo pelo site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Alexandre Nassa)
Agregado, por sua vez, é como os especialistas denominam a estrutura formada pela adesão de porções minerais de terra, como argila e areia, com restos da decomposição de vegetais, raízes, insetos mortos e outros materiais orgânicos —, tudo isso aglutinado por fungos, bactérias e minhocas, associada a processos físicos e químicos do próprio solo. É algo como um torrão, mas de composição bem mais complexa. Os agregados conferem porosidade aos solos, e isso beneficia o desenvolvimento das raízes das plantas, a circulação de água ao longo do perfil e a qualidade geral do terreno para fins agrícolas. Revolvimento do solo, circulação de máquinas, ciclos de umedecimento e secagem em função das chuvas ou de contração e expansão por períodos de veranico e, principalmente, o impacto direto das gotas de chuva são os fatores que contribuem para o rompimento dos agregados. Os pesquisadores submeteram agregados de diferentes tamanhos a diversos métodos de ruptura. Concluíram que o impacto direto de gotas de chuva reduz a estabilidade em 17% e é a maior fonte de desagregação em comparação, por exemplo, ao umedecimento e secagem lentos. O estudo verificou também que a resistência à desagregação é pequena nos latossolos vermelhos de Londrina e um pouco maior nos latossolos vermelho-amarelos que ocorrem em Mauá da Serra, Imbituva e Ivaiporã. Os latossolos brunos, em Guarapuava, são os mais resistentes. Mais informações sobre o estudo pelo site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Alexandre Nassa)