Plano Safra nacional terá R$ 516,2 bilhões; agricultura familiar fica com R$ 89 bilhões

01/07/2025
O governo federal anunciou nesta terça-feira o novo Plano Safra 2025/2026, com 516 bilhões de reais destinados à agricultura empresarial, voltados a médios e grandes produtores. O valor é um pouco maior que o do ciclo anterior. Para a agricultura familiar, o governo já havia liberado 89 bilhões de reais na segunda-feira. A maior parte do crédito será usada para custeio, com 414 bilhões de reais. Já para investimentos, o valor caiu para cerca de 101 bilhões de reais. Com a taxa Selic em 15%, os juros para os produtores subiram. Médios produtores terão custo de 10% no custeio. Para os demais, a taxa é de 14%. Nos investimentos, os juros variam entre 8,5% e 13,5%. Desde 2020, o Banco do Agricultor Paranaense concede subvenções nos juros de operações de crédito para produtores, cooperativas e associações. A ajuda pode cobrir de 5% até 100% dos juros, dependendo da categoria e do tipo de investimento. O Banco do Agricultor Paranaense já viabilizou mais de 8 mil projetos e movimentou cerca de 1 bilhão de reais. Além disso, o Estado lançou o FIDC Agro Paraná, com meta de levantar até 2 bilhões para impulsionar o agronegócio. A primeira operação, de 261 milhões, vai financiar a construção de aviários, tanques e matrizeiros. Na agricultura familiar, que representa 80% das propriedades no Paraná, o governo federal anunciou 89 bilhões de reais em apoio. Só o Pronaf responde por 78 bilhões. Os juros variam entre 0,5% e 8% ao ano, com condições especiais para alimentos da cesta básica, produção agroecológica e compra de máquinas. Já para médios e grandes produtores, o Plano Safra destinou 516 bilhões de reais. São 414 bilhões para custeio e 101 bilhões para investimentos. O acesso ao crédito foi facilitado com a unificação de programas e aumento nos limites. Os juros variam de 8,5% a 14%, dependendo da linha e do porte do produtor. Também passa a ser obrigatório seguir o zoneamento climático para financiamentos de custeio acima de 200 mil reais. E o Fundo do Café agora poderá ser acessado mesmo com contratos ativos no Plano Safra. (Repórter: Gabriel Ramos)