Plantio de soja volta à normalidade; safra deve alcançar 21 milhões de toneladas

04/11/2022
As chuvas reduziram de intensidade e o plantio de soja está praticamente normalizado e dentro do planejamento dos produtores. Os dados constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado pelo Departamento de Economia Rural, Deral, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 28 de outubro a 4 de novembro. O plantio de soja no Paraná está liberado desde 10 de setembro, quando terminou o vazio sanitário, período iniciado em 10 de junho, em que é proibida a manutenção de qualquer planta viva de soja na lavoura. O objetivo é evitar que doenças e pragas fiquem incubadas para a safra seguinte. O analista de soja do Deral, Edmar Gervásio, comenta o andamento do plantio do grão no Estado.// SONORA EDMAR GERVÁSIO.//

O plantio da primeira safra de milho também caminha para a reta final. Dos 400 mil hectares previstos, já estão semeados 91% da área. As condições gerais da lavoura são boas para 86% da área, enquanto 13% estão em situação mediana e 1%, ruim. A expectativa é de produzir quase quatro milhões de toneladas. O boletim do Deral aponta também o desempenho do preço do trigo que, em outubro, foi 1% maior que no mês anterior, passando de 93 reais para 94 reais a saca. Segundo a análise, esse aumento é reflexo dos registros de perda da qualidade e produtividade do que já foi colhido no Paraná, o que gerou descontos ao produtor em relação ao valor do trigo “tipo 1- pão”. As condições climáticas também foram favoráveis para a mandioca. Até agora, 83% das lavouras foram colhidas, quando o histórico aponta que, neste período, o volume já teria ultrapassado 90%. As chuvas também atrasaram o plantio da nova safra, que está com 95% da área já preenchida. O documento registra, ainda, que o Núcleo Regional de Curitiba se posicionou como o principal produtor de frutas do Estado em 2021, sob a ótica do Valor Bruto da Produção. A renda bruta foi de 364 milhões e 300 mil reais provenientes de 161 mil e 700 toneladas produzidas em quase oito mil hectares. Sobre o mel, o boletim aponta que, nos primeiros oito meses de 2022, as empresas nacionais exportaram 27 mil 365 toneladas de mel, faturando 102 milhões de dólares. O volume é 27% menor que o obtido em igual período de 2021, enquanto que o faturamento foi 20,6% inferior. No entanto, os oito primeiros meses do ano foram bons para a avicultura. A exportação brasileira de carne de frango cresceu 6,9% em volume, alcançando três milhões e 100 mil toneladas, e 31,2% em faturamento, com seis bilhões e 300 milhões de dólares. No Paraná, maior exportador nacional, o crescimento no volume foi de 7,9% e de 41,9% no faturamento. Para a arroba bovina, o ano tem sido de queda nas cotações. No Paraná, o boi gordo está a 278 reais. A oferta de animais para terminação se mantém sólida, enquanto a demanda pelo produto diminui, o que resulta em queda no preço para o produtor. No varejo, as maiores variações em outubro foram da alcatra sem osso, com queda de 3,90%, e a paleta com osso, que baixou 4,14%. O Boletim de Conjuntura Agropecuária completo está disponível em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)