Polícia Penal apresenta na Expoingá projetos de ressocialização de custodiados
09/05/2023
Uma das novidades do Pavilhão Azul da Expoingá 2023 é a participação da Polícia Penal do Paraná, que pela primeira vez está expondo seus trabalhos na área destinada às forças de segurança do Estado. Além de explicar sobre o trabalho de ressocialização desenvolvido pela instituição em Maringá, os agentes apresentam materiais que são confeccionados por detentos, como parte do processo de preparação para a volta à sociedade após o cumprimento da pena. Para o diretor do complexo penitenciário de Maringá, formado pela Penitenciária Estadual, Casa de Custória e Penitenciária Industrial de Maringá – Unidade de Progressão, Júlio César Vicente Franco, a Expoingá é o cenário ideal para a Polícia Penal mostrar seu trabalho. Ele diz que a Expoingá está sendo um espaço importante para que as pessoas vejam de perto materiais que são feitos pelos custodiados, como os quimonos, tapetes, uniformes e artefatos de cimento, que são alguns dos muitos trabalhos feitos nas pequenas indústrias existentes no complexo de penitenciárias de Maringá. Os agentes explicam aos visitantes como funciona a política de remição de pena, já que o trabalho é um meio de reduzir o tempo na unidade penal. Conforme a Lei de Execução Penal, a remição por meio do trabalho garante ao preso um dia de pena a menos a cada três dias de trabalho. Além disso, o custodiado tem direito a um salário, que pode servir para suas despesas pessoais e até para ajudar a família. O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, diz que é importante a oportunidade que a Expoingá traz para mostrar às pessoas que a situação nas penitenciárias paranaenses pode ser muito diferente do que se pensa. Segundo ele, com a apresentação dos projetos pelos agentes da Polícia Penal o visitante da Expoingá fica conhecendo, por exemplo, o resultado alcançado pelos métodos de ressocialização empregados no Paraná. Machado explica que o trabalho que está sendo realizado nas penitenciárias paranaenses terá também retorno econômico, pois hoje, um preso custa para a sociedade em torno de 3 mil reais por mês, mas se não volta a cometer crime, não retorna para a prisão, e é uma despesa substancial que o governo deixa de ter. O Paraná tem hoje nove unidades penitenciárias e o objetivo é que dentro de três anos entre 60% e 70% estejam funcionando como unidades de trabalho. Atualmente, 33% dos detentos no Paraná trabalham, o que coloca o Estado com os melhores índices do Brasil neste quesito. (Repórter: Victor Luís)