Preços dos alimentos permaneceram estáveis em janeiro, aponta índice do Ipardes

07/02/2023
Curitiba e Londrina ficaram em lados opostos na composição do Índice de Preços Regional  referente ao mês de janeiro, divulgado nesta terça-feira pelo Ipardes, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. O índice, que reúne mensalmente dados das seis maiores cidades do Paraná a partir da análise da média de preço dos 35 itens alimentícios mais consumidos pelas famílias, mostrou Curitiba com a maior queda nos preços registrada, em -0,66% e Londrina como a única alta verificada, de 0,59%. Ponta Grossa, Cascavel, Maringá e Foz do Iguaçu, completam a formação do índice mensal, que apresentou um declínio de 0,18%, menor do que o observado em dezembro, de -0,66%. Entre os itens que formam o índice, a maior alta em janeiro foi da batata-inglesa, com variação positiva de quase 18%. Produtos com aumentos na faixa entre 4 e 5% no começo deste ano foram maçã, alface, feijão preto e molho de extrato de tomate. Entre as quedas, a maior foi a da cebola, com redução de 27% dos preços no Estado, seguida da banana-caturra e pernil suíno. Segundo o sociólogo Marcelo Antonio, coordenador de pesquisas periódicas e editoração do Ipardes, essa segunda queda consecutiva teve forte influência da ampliação da oferta de cebola. //SONORA MARCELO ANTONIO//

Por outro lado, segundo o especialista, fatores climáticos contribuíram para a elevação de preços de batata-inglesa e alface. //SONORA MARCELO ANTONIO//

O feijão preto, o feijão carioca e o arroz aparecem com alta de preços em janeiro, o que, segundo Antonio, ocorre pela redução de área plantada. //SONORA MARCELO ANTONIO//

Antonio explica que, nos últimos 12 meses, o índice de preços carrega impactos das adversidades no clima. //SONORA MARCELO ANTONIO//

No acumulado desse período, de fevereiro do ano passado até janeiro deste ano, a inflação dos alimentos monitorados no Paraná chegou a quase 14%. Entre as cidades que compõem o índice, Maringá tem o maior aumento acumulado, com 14,44%, e Londrina, o menor, com 13,52%. Nos últimos 12 meses, os produtos com maiores altas de preço no Paraná foram a maçã, com aproximadamente 96%, e a batata-inglesa com 75%. Já as principais quedas de preços no período no Estado foram na banana-caturra, 11%, e no peito de frango, 5%. Para o restante do ano, o Ipardes está na expectativa de uma safra positiva para os grãos, que pode suavizar o custo de produtos essenciais, entre os quais o leite, dado que o farelo de soja faz parte da alimentação do gado leiteiro. O Índice de Preços Regional utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade. (Repórter: Flávio Rehme)