Procurados em dias quentes, rios também oferecem riscos, alertam Bombeiros

05/01/2022
Com o verão e a chegada da temporada de férias, há pessoas que preferem as águas mais calmas de um rio para aproveitar o calor e os dias de folga, mas se engana quem pensa que na tranquilidade os cuidados na prevenção de afogamentos e outros acidentes podem ser deixados de lado. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático revelam que, apesar de rios terem uma condição menos agitada, 54% dos afogamentos registrados no Brasil acontecem nessas regiões. Isso se deve a vários fatores que podem ser causados por fenômenos naturais ou por irresponsabilidade humana. De acordo com a porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Keyla Karas, a correnteza dos rios, associada à turbidez da água e a irregularidade do solo, oferece risco inerente aos banhistas, os expondo a condições de perigo.// SONORA KEYLA KARAS.//

Para quem gosta de rios próximos às regiões de serra, além de todos os cuidados, é preciso estar sempre alerta às ‘cabeças d’água’, fenômenos naturais provocados por chuvas volumosas no alto das montanhas, onde estão as nascentes. Keyla Karas explica que essas chuvas, na maioria das vezes, caem muito distante de onde estão os banhistas e as ‘cabeças d’água’ chegam sem que haja tempo de alerta das autoridades ou de identificação por algum outro meio.// SONORA KEYLA KARAS.//

Para quem não conhece regiões onde esse fenômeno acontece, é preciso estar atento a fatores como a mudança repentina da cor da água, o aumento de folhagens e galhos descendo pela correnteza, além de barulhos causados pelo aumento repentino no nível do rio nas áreas mais altas das serras. Se identificada alguma dessas condições, o banhista deve sair da água imediatamente. Lembrando que, ao presenciar uma situação de afogamento, não se deve tentar realizar o salvamento sozinho. O correto é disponibilizar algum material flutuante à pessoa que está em perigo, como uma boia, uma garrafa plástica, ou algo que a mantenha na superfície, e acionar rapidamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. (Repórter: Wyllian Soppa)