Produção industrial de alimentos cresce 8,9% no ano no Paraná

13/12/2019
O Paraná registrou o maior crescimento da produção industrial de alimentos do País neste ano, segundo dados do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta semana. Entre janeiro e outubro, a evolução foi de 8,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. É o maior índice desde 2002 nos primeiros dez meses do ano. A produção nacional de alimentos industrializados no período cresceu 1,6% e em apenas seis dos quinze locais pesquisados pelo IBGE, Paraná, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Goiás. A evolução também pode ser medida na comparação de outubro com setembro, que foi de 19,5%, o segundo melhor índice do País e à frente da produção nacional. No Paraná, as iniciativas do Estado são de estimular o setor privado, em especial as cooperativas, a industrializarem os produtos agropecuários. De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, entre as ações estão programas de financiamento ao setor, concessão de benefícios fiscais, política sanitária e capacitação técnica da produção.// SONORA CARLOS MASSA RATINHO JUNIOR//O governador destacou, ainda, que o Estado é líder nacional na produção de frango e peixes e está entre os principais nas cadeias de suínos, soja, leite e frutas e legumes. Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o número alcançado pelo setor industrial de alimentos reflete uma cadeia organizada, com produtos padronizados para o mercado internacional e um movimento de aumento das exportações.// SONORA NORBERTO ORTIGARA//O pesquisador do Ipardes, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Francisco Castro, aponta como motivos do crescimento neste ano o aumento da preocupação com a qualidade da produção local e o profissionalismo das cooperativas.// SONORA FRANCISCO CASTRO//As 216 cooperativas paranaenses vinculadas ao Sistema Ocepar anunciaram investimentos de 3 bilhões e 800 milhões de reais no ano que vem, sendo 3 bilhões e 400 milhões de reais apenas no Paraná. O planejamento se concentra em infraestrutura e na industrialização da produção agrícola e da pecuária. Segundo o engenheiro agrônomo e superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, apesar de a economia brasileira ainda não ter dado sinais claros de melhora, o setor espera crescimento nos próximos anos em função da alta do dólar.// SONORA ROBSON MAFIOLETTI//As cooperativas recebem 60% de tudo o que é produzido nos campos paranaenses. O Paraná também espera atingir um novo patamar sanitário no mercado internacional nos próximos meses com duas conquistas deste ano. Instruções normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconheceram o Paraná como área livre da peste suína clássica e encerraram a vacinação contra a febre aftosa dos bovinos e bubalinos. O Estado tem o segundo maior rebanho suíno, com produção de 840 mil toneladas no ano passado, mais de 21% da produção nacional, e é o terceiro em comércio exterior de suínos, com 107 mil toneladas exportadas. Essas medidas se somam ao surto de peste suína africana que devastou cerca de 40% dos suínos chineses, levando à escassez do produto. O resultado é aumento das exportações no Paraná para a China. (Repórter: Priscila Paganotto)