Produção mineral continua crescendo na pandemia e mostra aquecimento da economia do Paraná
26/07/2021
A produção mineral comercializada no Paraná aumentou 10% de 2019 para 2020, passando de 51 milhões para 56 milhões de toneladas, segundo o novo Informe Mineral, elaborado pela Divisão de Geologia do Instituto Água e Terra, IAT, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. O informe traz a produção e comercialização de minério bruto e beneficiado no Paraná em 2020.
Apesar da pandemia, a produção mineral do Estado continuou aumentando de 2019 para 2020, reforçando a tendência de crescimento de setores econômicos que consomem bens minerais, como a construção civil e a agricultura. Em 2019, a produção mineral foi maior que a soma da produção de milho, soja, mandioca e trigo do Estado, que somaram cerca de 38 milhões de toneladas, ou até mesmo que a produção da cana-de-açúcar, com 41 milhões de toneladas.
O perfil da produção mineral paranaense é predominantemente de minerais não metálicos, em especial dos agregados areia e brita e de rochas carbonáticas para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola, além de argila e saibro. Portanto, esse crescimento é o reflexo da demanda dos setores da construção civil e da agricultura.
O valor de venda da comercialização de minério bruto e beneficiado teve um crescimento de 11,9%, passando de 1 bilhão e 100 milhões para 1 bilhão e 240 milhões de reais. O preço médio de comercialização do minério bruto teve uma redução de 2,1% de 2019 para 2020, enquanto que o preço médio do minério beneficiado teve um aumento de 4,8%.
Os destaques na participação da produção mineral paranaense comercializada em 2020 foram: as rochas britadas e cascalho, com 43%, calcário, com 29%, dolomito, com 6,5%, areia, com 15,3%, saibro, com 2,5% e argilas, com 2,3%, que responderam juntas por 98,6% da quantidade total comercializada.
As rochas britadas e as areias são utilizadas diretamente na construção civil e para produção de argamassas, concretos, artefatos de concreto, cimento e fibrocimento.
O saibro é utilizado diretamente na construção civil, em especial para revestimento de estradas. As rochas carbonáticas são empregadas, principalmente, para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola. As rochas carbonatadas e seus produtos são também usados como: fluxantes e fundentes (misturas de minerais não metálicos usados em siderurgia), a matéria-prima para as indústrias de vidro e refratários.
As argilas são utilizadas principalmente nas indústrias de cerâmica vermelha e branca para a produção de tijolos, telhas, pisos, revestimentos, louças sanitárias e de mesa, além de diversos usos industriais.
Em termos de valor da venda, os principais produtos responderam por 91,3% do valor de comercialização total. Destacam-se ainda na participação do valor da venda o carvão mineral, 2,8%, a fluorita, 2,0%, e o talco e outras cargas minerais, 1,7%.
O talco é uma matéria prima mineral de largo uso na indústria moderna sendo aplicado na elaboração de cosméticos, carga inerte na fabricação de tintas, borracha, inseticidas, fertilizantes e papel. A maior parte da produção se destina ao uso cerâmico. O carvão mineral produzido no Estado é utilizado para a produção de eletricidade e a fluorita, principal fonte de flúor, sendo utilizada na indústria química e na siderurgia e metalurgia.
Toda mineração regularizada é realizada em áreas autorizadas pela Agência Nacional de Mineração, após a obtenção da Licença Ambiental junto ao IAT. Os títulos minerários concedidos no Estado com possibilidade de lavra e condicionado à obtenção do licenciamento, correspondem a 0,88% do território paranaense, cerca de 2.087 títulos. Outros 2.473 títulos, correspondente a 0,98% do território, estão prestes a obter autorização junto à Agência Nacional de Mineração.
Nem todos os títulos minerários concedidos são explorados. Em 2020, houve mineração com recolhimento de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, em 1.064 títulos minerários, realizada por 501 empresas, presentes em 181 municípios do Paraná. Esta exploração resultou num Valor de Comercialização de 1 bilhão e 260 milhões de reais e recolhimento de mais de 18 milhões de Compensação Financeira. Desse valor, os municípios mineradores são os maiores beneficiados e ficam com 60%. Municípios afetados pela mineração e a administração estadual ficam com 15% cada.
Para mais informações sobre o Informe Mineral do IAT, acesse o site www.iat.pr.gov.br. (Repórter Felippe Salles)
Apesar da pandemia, a produção mineral do Estado continuou aumentando de 2019 para 2020, reforçando a tendência de crescimento de setores econômicos que consomem bens minerais, como a construção civil e a agricultura. Em 2019, a produção mineral foi maior que a soma da produção de milho, soja, mandioca e trigo do Estado, que somaram cerca de 38 milhões de toneladas, ou até mesmo que a produção da cana-de-açúcar, com 41 milhões de toneladas.
O perfil da produção mineral paranaense é predominantemente de minerais não metálicos, em especial dos agregados areia e brita e de rochas carbonáticas para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola, além de argila e saibro. Portanto, esse crescimento é o reflexo da demanda dos setores da construção civil e da agricultura.
O valor de venda da comercialização de minério bruto e beneficiado teve um crescimento de 11,9%, passando de 1 bilhão e 100 milhões para 1 bilhão e 240 milhões de reais. O preço médio de comercialização do minério bruto teve uma redução de 2,1% de 2019 para 2020, enquanto que o preço médio do minério beneficiado teve um aumento de 4,8%.
Os destaques na participação da produção mineral paranaense comercializada em 2020 foram: as rochas britadas e cascalho, com 43%, calcário, com 29%, dolomito, com 6,5%, areia, com 15,3%, saibro, com 2,5% e argilas, com 2,3%, que responderam juntas por 98,6% da quantidade total comercializada.
As rochas britadas e as areias são utilizadas diretamente na construção civil e para produção de argamassas, concretos, artefatos de concreto, cimento e fibrocimento.
O saibro é utilizado diretamente na construção civil, em especial para revestimento de estradas. As rochas carbonáticas são empregadas, principalmente, para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola. As rochas carbonatadas e seus produtos são também usados como: fluxantes e fundentes (misturas de minerais não metálicos usados em siderurgia), a matéria-prima para as indústrias de vidro e refratários.
As argilas são utilizadas principalmente nas indústrias de cerâmica vermelha e branca para a produção de tijolos, telhas, pisos, revestimentos, louças sanitárias e de mesa, além de diversos usos industriais.
Em termos de valor da venda, os principais produtos responderam por 91,3% do valor de comercialização total. Destacam-se ainda na participação do valor da venda o carvão mineral, 2,8%, a fluorita, 2,0%, e o talco e outras cargas minerais, 1,7%.
O talco é uma matéria prima mineral de largo uso na indústria moderna sendo aplicado na elaboração de cosméticos, carga inerte na fabricação de tintas, borracha, inseticidas, fertilizantes e papel. A maior parte da produção se destina ao uso cerâmico. O carvão mineral produzido no Estado é utilizado para a produção de eletricidade e a fluorita, principal fonte de flúor, sendo utilizada na indústria química e na siderurgia e metalurgia.
Toda mineração regularizada é realizada em áreas autorizadas pela Agência Nacional de Mineração, após a obtenção da Licença Ambiental junto ao IAT. Os títulos minerários concedidos no Estado com possibilidade de lavra e condicionado à obtenção do licenciamento, correspondem a 0,88% do território paranaense, cerca de 2.087 títulos. Outros 2.473 títulos, correspondente a 0,98% do território, estão prestes a obter autorização junto à Agência Nacional de Mineração.
Nem todos os títulos minerários concedidos são explorados. Em 2020, houve mineração com recolhimento de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, em 1.064 títulos minerários, realizada por 501 empresas, presentes em 181 municípios do Paraná. Esta exploração resultou num Valor de Comercialização de 1 bilhão e 260 milhões de reais e recolhimento de mais de 18 milhões de Compensação Financeira. Desse valor, os municípios mineradores são os maiores beneficiados e ficam com 60%. Municípios afetados pela mineração e a administração estadual ficam com 15% cada.
Para mais informações sobre o Informe Mineral do IAT, acesse o site www.iat.pr.gov.br. (Repórter Felippe Salles)