Produtores argentinos visitam o IDR-Paraná para conhecer pesquisas de milho e feijão
11/08/2023
Um grupo de produtores argentinos visitou a sede do IDR-Paraná, em Curitiba, nesta semana. Eles conheceram os projetos de pesquisa que são desenvolvidos pelos paranaenses com as culturas de milho e feijão, e como esse conhecimento chega aos agricultores. A delegação que visitou o IDR-Paraná faz parte do Movimento CREA, Consórcio Regional de Experimentação Agrícola, uma organização civil formada por 232 grupos de 19 regiões da Argentina. Cada grupo é integrado por produtores agropecuários que se reúnem para compartilhar experiências e colaborar mutuamente na tomada de decisões. A delegação é da província de Tucumán, localizada no Noroeste argentino, produtora de milho, feijão, soja e cana-de-açúcar, que tem um clima semelhante ao do Paraná. Foi apresentada a eles a estrutura do instituto e como o órgão trabalha e leva novas tecnologias aos agricultores do Estado. O IDR-Paraná mantém 15 Estações de Pesquisa e cinco Unidades de Pesquisa em diferentes regiões do Paraná. Elas ajudam a desenvolver e testar novas tecnologias em diversas culturas, favorecendo o setor agropecuário. Já sobre a produção de milho, em que o Paraná detém 14,7% da produção nacional, com quase três milhões de hectares cultivados e uma produção de mais de 15 milhões de toneladas, chamou a atenção dos visitantes a estratégia para fazer frente ao complexo de enfezamento do milho, principal ameaça às lavouras. Eles conheceram a rede de pesquisa formada pelo IDR-Paraná, em parceria com universidades, cooperativas e Embrapa, que coordena o enfrentamento da doença. Foram apresentadas ainda as cultivares de milho desenvolvidas pelo Instituto e que oferecem algumas vantagens, como a resistência a determinadas doenças e alta produtividade. Os pesquisadores também apresentaram o cenário do feijão. O Paraná é o maior produtor nacional, respondendo por 23% da produção. O feijão é, em sua maioria, cultivado por pequenos produtores que ainda têm pouco acesso à tecnologia. O instituto possui 41 cultivares de feijão, que chegam aos produtores graças a parcerias com empresas privadas. Além disso, os extensionistas também levam às propriedades novas práticas de manejo das lavouras. (Repórter: Felippe Salles)