Professores usam ferramentas digitais para aulas de música.

01/11/2020
Maestros e professores que regem grupos musicais em escolas estaduais precisaram, a partir de abril, encontrar maneiras criativas para comandar os ensaios, via internet. As atividades que contavam, essencialmente, com a interação entre musicistas passaram a ser realizadas com o auxílio de plataformas digitais, como programas de videoconferências, softwares destinados a quem trabalha com música e sites agregadores de conteúdo. Um exemplo dessa adaptação é o da Banda Sinfônica Bento Mossurunga, do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba. Os alunos se preparavam, no início do ano, para montar o espetáculo musical “Os Saltimbancos”, que seria apresentado no Teatro Guaíra. Agora, os alunos do elenco da peça, da banda, do coral e da turma de iniciação musical se encontram em Meets para falar sobre o contexto da obra e trocar informações sobre o compositor das músicas, a maquiagem, o figurino e outros elementos cênicos. Além disso, eles gravam vídeos em casa, tocando instrumentos individualmente, e enviam ao professor e maestro da banda, Alessandro Gomes, que faz um diagóstico das necessidades de cada aluno. O professor Alessandro usa um software de edição de partituras e outro de edição de áudio, que é empregado para unir os materiais de todos os estudantes e transformá-los em um único produto. O resultado pode ser conferido no canal de YouTube da banda, que conta com vídeos do projeto Saltimbancos em Casa e também, do Banda do Colégio Estadual do Paraná em Casa. Assim como os alunos do Colégio Estadual do Paraná, os integrantes da Banda Musical do Caximba, formada por alunos do Colégio Estadual Maria Gai Grendel, também em Curitiba, participam de Meets para trocar informações e referências musicais.O professor Vitor Rodrigues, que rege a orquestra de sopros, tem um grupo de WhatsApp para cada conjunto instrumental: clarinetes, saxofones, metais e percussão. Ele envia, em cada um, lições, partituras e áudios-base das músicas que serão gravadas. Os estudantes, então, escutam a base no fone de ouvido e gravam sua parte sozinhos. Uma opção para professores do Ensino Fundamental I e pais que querem estudar música com crianças de até 12 anos é a plataforma OSP da Orquestra Sinfônica do Paraná, desenvolvida pela equipe de comunicação da Orquestra e promovida por uma parceria entre Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura, Centro Cultural Teatro Guaíra e Palco Paraná. A violinista Simone Savystzky, lembra que a música auxilia na concetração, memorização, raciocínio lógico, aprimora a linguagem oral, ajuda no desempenho escolar, promove a disciplina e estimula a criatividade, e que nunca é cedo ou tarde demais para entrar no universo da música. (Repórter Rudi Bagatini).