Programa Cultivar Energia torna produtivas as áreas desocupadas sob linhas da Copel

09/01/2020
O Cultivar Energia, programa corporativo da Copel para montar hortas comunitárias em imóveis sob as linhas de transmissão e distribuição, completou seis anos. Já são 15 mil metros quadrados com nova paisagem e mais de 120 famílias atendidas, em Cascavel, Maringá e Ponta Grossa, podendo atingir 150 com a instalação da horta em Curitiba. A ação é uma parceria entre a Copel e as prefeituras, que disponibilizam áreas que poderiam ser desocupadas para plantação, o que contribui para a segurança alimentar e a geração de renda de pessoas cadastradas. As hortas têm viés de sustentabilidade e proporcionam uma ocupação responsável dos espaços urbanos, além de evitar o descarte irregular de resíduos, acúmulo de lixo e, até mesmo, acidentes. A única pré-condição é a existência de programas municipais de agricultura, que colaboram com a redução das desigualdades sociais. Para a gerente da Divisão de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da Copel, Joylhiana Traiano, o Cultivar Energia significa um compartilhamento seguro e eficaz de espaços urbanos.// SONORA JOYLHIANA TRAIANO// A Copel estabelece parcerias com as cidades que tenham interesse em participar do Cultivar Energia por meio de termos de cooperação em que ambas as partes devem cumprir com a finalidade original. Os termos têm quatro anos de duração e são passíveis de renovação. A prefeitura é responsável por fazer a intermediação com a comunidade, passar orientações sobre o que plantar, como plantar e como cuidar. A horta de Cascavel não têm fonte própria de água, então a produção se limita a frutas, verduras e legumes que não dependem de cuidados constantes, como limão, feijão, batatas e cebolinha. Em Maringá, a Copel começou um projeto-piloto em parceria com o município em 2013, e as três hortas comunitárias em pleno funcionamento já atendem mais de 50 famílias. A coordenadora da comissão de voluntários de Maringá, Elisa Kazue, cidade que conta até mesmo com lista de espera de participantes, afirma que o trabalho é totalmente colaborativo.// SONORA ELISA KAZUE// Hoje, além das parcerias com Maringá, Cascavel e Ponta Grossa, estão em processo de implementação do projeto Francisco Beltrão, Umuarama e Curitiba. Nas hortas já existentes, a comunidade tem possibilidade de plantar várias opções de alimentos, de acordo com as variações climáticas e o comércio. Segundo o presidente da horta comunitária da Vila Esperança em Maringá, Hideo Ono, explica para onde os produtos são destinados.// SONORA HIDEO ONO// O município de Cascavel, que aderiu ao projeto recentemente, já conta com 12 famílias participantes e oferta integração e interação entre vizinhos. No Oeste, um dos pontos de atenção, segundo a coordenadora do projeto, Carmem Seguro, é com os aposentados.// SONORA CARMEM SEGURO// Ao longo dos últimos seis anos, as cidades participantes e a Copel aprenderam a aprimorar o projeto. Apesar da boa aderência nas compras, ainda tinham sobras de alguns itens das plantações, o que levava a descartes dos alimentos. Com isso, a Comissão Interna Socioambiental da Copel organizou um grupo de funcionários que recebe de 15 em 15 dias uma sacola da horta com sete itens de hortaliças, por 10 reais. (Repórter: Priscila Paganotto)