Protagonista nacional, Paraná reforça conscientização no Dia da Doação de Órgãos

27/09/2023
O Paraná vem se consolidando, ano após ano, como protagonista nos transplantes de órgãos no País. Nesse Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Estado destaca dois pilares desse sucesso. O primeiro é fator humano, representado pela quantidade de famílias paranaenses que aceitam realizar as doações e pela dedicação das equipes envolvidas no processo. O segundo pilar desse sucesso é a estrutura física e logística mobilizada para que cada órgão disponível, mesmo em outras unidades da Federação, se transforme em esperança de vida nova para o receptor. Tempo e distância são cruciais para os bons resultados dessa operação. De acordo com dados do relatório semestral da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, o Paraná é o estado com maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023. Foram registrados 243 doadores de janeiro a junho, o que garantiu a posição de liderança no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população. A taxa de doações no Brasil ficou em 19 por milhão de população. Um dos trunfos do Paraná para se destacar nessa área está justamente na capacidade de ir mais longe e em menos tempo para ligar as duas pontas dessa atividade delicada: a captação e o efetivo transplante do órgão. Dados da Casa Militar revelam que de setembro de 2022 a setembro de 2023 foram realizadas 311 horas e 20 minutos de voo em 118 missões. Cada órgão tem um tempo máximo até deixar de ser viável para um transplante. Um coração, por exemplo, perde essa capacidade em quatro horas. É para garantir que esse tempo não se esgote que o Governo do Paraná ampliou a atuação de sua infraestrutura aérea. Veículos antes exclusivos para autoridades têm cumprido missões ligadas à Saúde. Em média, entre o pedido de apoio e o momento de levantar voo, o tempo decorrido é de quarenta minutos a uma hora. Em prol da celeridade, essas missões já são pré-autorizadas pelo governo, explica o capitão Adriano Ronchi, oficial coordenador de voo da Casa Militar.// SONORA ADRIANO RONCHI.//

Casos como o da dona de casa Rosimeire Nascimento, de 41 anos, mostram na prática o tamanho da importância de se contar com uma estrutura sólida e rápida para a localização e o transporte de órgãos. Depois de três anos sofrendo com febres diárias, desmaios, e uma fraqueza que chegou ao ponto de impedi-la de até mesmo segurar um copo d’água, Rosimeire entrou em coma logo após ser transferida em estado crítico para o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Clinicamente, a perspectiva era de que ela resistisse por mais três dias. Um fígado potencialmente compatível chegou a ser encontrado no segundo dia, mas a família desistiu de autorizar a doação. No decorrer do terceiro dia de aflição, finalmente foi identificado um órgão viável. Para ela, esse esforço coletivo e sincronizado significou um renascimento.// SONORA ROSIMEIRE NASCIMENTO.//

Avise sua família sobre o seu desejo de ser um doador. Saiba todos os detalhes sobre como funciona a doação de órgãos no site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)