Relatório do projeto Rio Vivo aponta forte presença de espécie ameaçada de extinção no Rio Iguaçu

30/12/2022
Durante evento de pesque e solte, apoiado pelo Governo do Estado por meio do projeto Rio Vivo, foi identificado um grande número de jacundá, espécie nativa que já foi considerada ameaçada de extinção. O Rio Vivo é desenvolvido pela Superintendência de Bacias Hidrográficas e Pesca do Paraná, vinculada à Sedest, Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. O projeto normatizou o repovoamento de peixes nativos nas Bacias Hidrográficas do Paraná e promoveu a soltura de 2 milhões e 600 mil peixes nativos desde 2019. Além do repovoamento, o Rio Vivo apoia eventos pesque e solte que resultam em investimentos aos municípios e criou duas reservas de pesca esportiva. Uma reserva está localizada no Rio Ivaí, em um trecho de aproximadamente 200 km, criada em março de 2022. A outra foi criada em 2021, no lago da barragem do Baixo Iguaçu, última usina hidrelétrica antes das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, que fica entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques. Segundo o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza, as reservas têm o objetivo de regulamentar e incentivar a pesca amadora, na modalidade pesque e solte. Da família dos ciclídeos, o conhecido Jacundá é peixe nativo das principais Bacias brasileiras, já tendo recebido o apelido de “truta brasileira”. No Paraná, a espécie se faz presente na Bacia do Iguaçu. O relatório do Projeto Rio Vivo que identificou a presença da espécie nas águas paranaenses foi realizado em parceria com os clubes de pesca e organizadores de eventos durante um torneio de pesca ocorrido na represa de Salto Caxias. De acordo com o documento, de 1.240 peixes capturados, 597 foram jacundás, número que surpreende os mais otimistas estudiosos de nossa ictiofauna. (Repórter: Alexandre Nassa)