Safra de café paranaense deve render 41,4 mil toneladas, 42% a mais em relação a 2022

03/08/2023
O Paraná deve colher 41 mil e 400 toneladas de café na atual safra, volume 42% superior ao obtido no ciclo anterior. Até o fim de julho foram colhidos 63% do volume esperado. A análise sobre a situação da cafeicultura no Estado está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 28 de julho a 3 de agosto. O documento, preparado pelos técnicos do Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento do Paraná, mostra que as lavouras de café em idade produtiva ocupam 25 mil e 800 hectares no Estado, com 91% em condições boas. Da produção por colher, 96% estão em maturação e 4% em frutificação. O preço recebido pelos cafeicultores do Paraná em julho ficou em 720 reais por saca de 60 quilos. O valor é 42,3% inferior aos mil e 250 reais praticados há um ano. Em razão disso, o boletim aponta que poucos negócios têm sido feitos até o momento, visto que o preço cobre apenas os custos variáveis. O economista Paulo Sérgio Franzini, analista da cultura do café no Deral, explica que no Paraná a busca é cada vez mais pela produção de cafés especiais, que têm maior valor agregado e atendem a um mercado mais exigente, o que confere melhor preço médio de venda. // SONORA PAULO SÉRGIO //

Para incentivar a prática, que exige muito conhecimento sobre produção e cuidados rígidos no pós-colheita, o Estado realiza anualmente o Prêmio Café Qualidade. O economista conta que as inscrições já estão abertas para a próxima edição. // SONORA PAULO SÉRGIO //

O boletim fala também sobre as frutas de caroço, pêssego, ameixa e nectarina. Em 2022 elas foram exploradas em mil e 300 hectares no Paraná, proporcionando 17 mil toneladas de frutas e um Valor Bruto de Produção preliminar de quase 58 milhões de reais. A colheita do feijão da segunda safra está encerrada no Estado. A área colhida foi de 289 mil hectares, uma redução de cerca de 16% em relação ao ano passado. Os preços da soja, milho e trigo subiram nos mercados futuros de Chicago nos Estados Unidos logo após o ataque da Rússia aos portos ucranianos em meados de julho, mas não se sustentaram até o final do mês. O boletim destaca ainda que o produtor de leite paranaense recebeu em média 2 reais e 71 centavos por litro em julho. Foi o menor valor desde fevereiro, mas mesmo assim permanece a preocupação com relação às importações crescentes de lácteos. Sobre o frango, o documento mostra que o custo de produção da ave viva produzida em aviário tipo climatizado em pressão positiva alcançou 4 reais e 47 centavos o quilo em junho. O valor é 3,04% inferior ao custo de 4 reais e 61 centavos do mês anterior e 18,28% a menos que em junho de 2022, quando chegou a 5 reais e 47 centavos o quilo. (Repórter: Nathália Gonçalves)