Saúde alerta sobre cuidados com águas-vivas e caravelas
23/12/2019
Temperaturas mais elevadas e a proximidade do verão atraem cada vez mais pessoas para o Litoral paranaense. Neste período, a Secretaria de Estado da Saúde lembra a população sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas. Não se deve tocar em águas-vivas e caravelas, mesmo que pareçam mortas na areia. Se a pessoa for queimada, deve lavar o local apenas com a água do mar e não esfregar a região atingida. Em seguida, é necessário procurar um posto de salva-vidas para colocar vinagre e neutralizar a ação da toxina. Não pode passar água doce e nenhuma outra substância, como bebida alcoólica ou urina. Águas-vivas e caravelas não atacam as pessoas, os acidentes acontecem quando por algum motivo, elas encostam nos banhistas e, neste momento, liberam substâncias na pele que causam o envenenamento, popularmente conhecido como queimadura. Na temporada de 2016/2017 o Paraná registrou mais de 27 mil casos de acidentes com esses animais marinhos. No ano seguinte, entre 21 de dezembro a 18 de fevereiro, o número reduziu significativamente para mil e 188 casos. Na última temporada, de 2018/2019, foram mil e 469. Os dados são do Corpo de Bombeiros. O chefe da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde, Emanuel Marques da Silva, explica o possível motivo para o aumento destes casos nesta época.// SONORA EMANUEL MARQUES DA SILVA.// A maioria dos acidentes com águas-vivas ocasiona quadros leves, quando a vítima relata apenas dor em queimação no local de contato com o animal. Neste tipo de caso clássico, a assistência é feita na beira da praia, pela equipe de guarda-vidas do Corpo de Bombeiros. Segundo Tatiane Dombroski, enfermeira da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, a recomendação é que o banhista se informe antecipadamente sobre a condição do mar.// SONORA TATIANE DOMBROSKI.// O tipo mais comum de água-viva encontrado no Paraná mede cerca de treze centímetros com os tentáculos, tem consistência gelatinosa e a aparência de um guarda-chuva. Provoca queimadura leve, não considerada grave. Já a caravela chama a atenção pela cor roxa e azul e é semelhante a uma bexiga boiando no mar. Pode chegar a dois metros de comprimento com os tentáculos, que grudam na pele e liberam substâncias que causam o envenenamento, capaz de afetar todo o organismo. Neste caso, é necessário buscar atendimento médico hospitalar. Em caso de dúvidas é possível ligar para o Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná pelo número 0800-410148. (Repórter: Amanda Laynes)