Secretaria da Saúde alerta para sintomas da dengue e importância do tratamento adequado

08/05/2023
A médica infectologista Raquel Monteiro de Moraes passou dez dias com febre alta com início súbito, cansaço extremo, dor nos ossos e articulações. O diagnóstico desses sintomas foi dengue. Ela foi infectada pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Estes são indícios comuns. Mas existem outros que podem se manifestar, como dor de cabeça e atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, náuseas e vômitos, tonturas, manchas e erupções avermelhadas na pele. A médica conta que o período doente foi muito sofrido. // SONORA RAQUEL MONTEIRO DE MORAES //

Com a picada do mosquito infectado, o vírus da dengue passa pela corrente sanguínea e durante um período de quatro a sete dias, chamado de incubação, ele se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecidos linfáticos. A dengue é uma doença transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. Pode se apresentar na forma leve, que evolui para cura, tratada com hidratação correta e medicação sintomática, e a forma grave, que necessita de maiores cuidados em leitos de observação ou internação. A dengue grave inicia com os mesmos sintomas da leve, e com o término da febre surgem os sinais de alarme. Estes ocorrem normalmente entre o 3º e 5º dia. Esse período é chamado de crítico para dengue. Os sinais de alarme incluem: dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, sonolência, agitação e confusão mental, principalmente em crianças, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de consciência. No caso da Raquel, a doença se desenvolveu para os sinais de alarme, com sangramento gengival e dor intensa abdominal. Em caso de suspeita de dengue, a indicação é procurar a unidade de saúde mais próxima. O tratamento começa já na suspeita do caso, não sendo necessário aguardar o resultado laboratorial positivo. A hidratação é uma das medidas mais eficazes para que pacientes suspeitos de dengue previnam consequências graves da doença. No Paraná atualmente foram confirmados 35.433 casos e 21 mortes. (Repórter: Gustavo Vaz)