Tecpar, Cedes e Prefeitura de Morretes estimulam produção de mel no Litoral

19/11/2022
Uma parceria entre o Tecpar, o Cedes, Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social e a Prefeitura de Morretes vai estimular a criação de abelhas nativas sem ferrão no Litoral e transformar o município em um polo de meliponicultura. O Tecpar é responsável por coordenar e ministrar cursos voltados à comunidade sobre os princípios da agroecologia e o manejo das abelhas nativas sem ferrão, orientando sobre o manejo básico e avançado. Neste mês de novembro, agricultores familiares e agroflorestais da cidade participaram da primeira aula do curso prático em uma propriedade onde já existem 10 caixas de abelha sem ferrão da espécie mandaçaia. Ao todo, 73 alunos, divididos em quatro turmas, vão participar da capacitação nas próximas semanas. O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, afirmou ser uma ação importante para apoiar o desenvolvimento regional sustentável, e além de impactar na conservação da biodiversidade, o estímulo à meliponicultura em Morretes vai viabilizar a geração de trabalho e renda para agricultores familiares em todo o Litoral. A iniciativa tem o apoio da Superintendência Geral de Desenvolvimento Econômico e Social, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, da Universidade Federal do Paraná e do Sebrae-PR. Keli Guimarães, superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social e vice-presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social, destacou a importância de apoiar a iniciativa que alcança de maneira especial os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030 do Estado. Os cursos, abertos e gratuitos para a comunidade, são ministrados pelo bioquímico especialista em meliponicultura e funcionário do Tecpar, Renato Rau. Na etapa prática os alunos têm a oportunidade de conhecer pessoalmente o que só conheciam por vídeos ou ouviram falar nas aulas teóricas. Nas aulas também é apresentado o modelo de meliponário considerado ideal pelo projeto, que tem as melhores condições de segurança, de temperatura e umidade para criação das abelhas. No curso teórico, realizado em outubro, os participantes tiveram um panorama sobre as espécies de abelhas existentes no Paraná e aprenderam sobre o que devem plantar para atrair as abelhas. Também foram orientados sobre a legislação aplicável à produção de mel e as exigências para quem deseja empreender nesta área. Os participantes que concluírem o curso vão receber um certificado da Universidade Federal do Paraná. O documento habilita para receber duas caixas para abelhas mandaçaia, cedidas pela Prefeitura de Morretes. Eles também vão receber assistência técnica semanal no manejo das colônias de abelhas. As abelhas nativas sem ferrão são responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras. Por isso, o projeto busca estimular a polinização natural e, assim, aumentar a capacidade de produção de árvores frutíferas na cidade. A polinização garante fruto de melhor qualidade, com composição mais rica e maior quantidade. Para estabelecer os Jardins de Mel, a Prefeitura de Morretes vai instalar 80 caixas de abelhas em espaços públicos e 100 caixas de abelhas em propriedades de agricultores familiares. (Repórter: Flávio Rehme)