Tecpar e Sinovac iniciam trabalhos para produção de vacinas no Paraná

25/11/2025
Um dia depois de formalizarem o contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas ao SUS, o Tecpar e a biofarmacêutica chinesa Sinovac fizeram nesta terça-feira a primeira reunião de trabalho na sede do instituto, em Curitiba. Esse encontro marca o início do projeto para a produção conjunta das vacinas contra a raiva humana e contra a varicela. Na segunda, o Ministério da Saúde assinou a Parceria para o Desenvolvimento Produtivo com o Tecpar e outros laboratórios públicos selecionados para fornecer produtos estratégicos ao SUS. A assinatura aconteceu durante a reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, em São Paulo, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. O plano do Tecpar prevê que a vacina antirrábica humana seja produzida em parceria com a Sinovac. Já a vacina da varicela contará com a participação da Sinovac e da Eurofarma. A reunião de trabalho desta terça-feira, segundo o diretor-presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, é o pontapé inicial da parceria que irá resultar no fortalecimento do sistema de saúde público brasileiro. // SONORA EDAURDO MARAFON //

A reunião desta terça serviu para aproximar as equipes brasileiras e chinesas, revisar os prazos de transferência de tecnologia e iniciar a preparação do plano de trabalho que será enviado ao Ministério da Saúde no começo do ano que vem. Para Dimas Covas, cientista-chefe e Pesquisa e Desenvolvimento da Sinovac, o dia de hoje marca o início da parceria. // SONORA DIMAS COVAS //

A intenção é fabricar as duas vacinas em Maringá. Em novembro, a obra do Parque Tecnológico Industrial da Saúde do Tecpar chegou a 50% de execução e segue em ritmo acelerado, com conclusão prevista para 2026. O Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo é uma política pública que faz a ponte de tecnologia entre laboratórios privados e um laboratório público, com o objetivo de produzir medicamentos no Brasil. Nessa estrutura, o Ministério da Saúde regula o programa e compra os produtos, enquanto o laboratório público absorve a tecnologia. As empresas parceiras fornecem o medicamento durante o período de transferência tecnológica. A PDP funciona por etapas, com desenvolvimento, transferência, capacitação e internalização da tecnologia. Depois da aprovação, o laboratório público e as empresas privadas iniciam o fornecimento do produto e, ao mesmo tempo, dão início ao processo de transferência tecnológica. Ao final dessa fase, que pode durar até 10 anos, o Ministério da Saúde verifica a transferência concluída e passa a comprar o produto diretamente do laboratório público. (Repórter: Gabriel Ramos)