"Temporada de montanhas" exige planejamento e cuidados, orienta Corpo de Bombeiros

26/06/2025
Encarar passeios em terrenos de montanhas e morros pode ser uma ótima oportunidade de superar os próprios limites, admirar as belezas naturais e aproveitar um momento de lazer enquanto mantém o corpo em movimento. Mas esse tipo de passeio exige muitos cuidados com a segurança, já que envolve ambientes diversos e muito suscetíveis às condições climáticas. O caso da brasileira Juliana Marins, que caiu enquanto fazia uma trilha para tentar chegar ao cume do vulcão Rinjani, na Indonésia, no último fim de semana, é uma lembrança disso. A preparação para esse tipo de atividade envolve três etapas. A primeira é a escolha da rota. Essas informações podem ser buscadas em sites especializados ou com amigos que tenham conhecimento prévio. O major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático, do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, afirma que ir acompanhado é outro conselho das autoridades. // SONORA ÍCARO GABRIEL GREINERT //

As condições meteorológicas e o tempo de conclusão do percurso devem ser considerados. Dependendo do local, como em regiões mais isoladas, com terreno mais íngreme ou com muita travessia de pequenos rios, a orientação é evitar o deslocamento em dias com previsão de chuva forte. O mais indicado é ter tempo de sobra para finalizar a atividade ainda sob luz natural. A capacidade física para o desafio é outro fator essencial, segundo o major Greinert. // SONORA ÍCARO GABRIEL GREINERT //

Na mochila, vários itens são considerados indispensáveis, como quantidade razoável de comida, como barras de cereais, e água. Bateria extra para o celular; lanternas, com pilhas extras também; apito de emergência; repelente; protetor solar; e kit de primeiros socorros são outros equipamentos básicos. Caso a ideia seja acampar, desde que seja permitido, adicionam-se a isso as barracas e sacos de dormir. O major também destaca que não se pode errar também nas vestimentas. // SONORA ÍCARO GABRIEL GREINERT //

A última etapa é a execução. O ideal é avisar de antemão, pelo menos três pessoas, sobre a rota definida e a programação da atividade. Se for necessário, mantenha a calma e peça socorro pelo telefone de emergências do Corpo de Bombeiros, o 193. Ao se perder, a orientação é não andar sem direção. Além de correr riscos, inclusive de não achar a trilha, seguir em movimento pode dificultar as equipes de busca. No Paraná, o Parque Pico do Marumbi é um dos locais preferidos para as trilhas. Para minimizar os riscos, o Instituto Água e Terra conta com uma parceria com o Cosmo, Corpo de Socorro em Montanha, uma associação civil sem fins lucrativos composta por 50 montanhistas experientes, todos voluntários. Segundo Lineu César de Araújo Filho, vice-coordenador do Cosmo, o grupo também atua na prevenção e no manejo das trilhas. // SONORA LINEU CÉSAR DE ARAÚJO FILHO //

Uma das medidas de segurança do Parque é a janela permitida para entrada no local. Os visitantes só podem acessar o complexo até às nove horas da manhã, que é considerado um tempo razoável para a conclusão do trajeto. Todos precisam preencher um formulário com dados pessoais, telefone de contato e horário de início do passeio. (Repórter: Gustavo Vaz)