Trabalho sobre vigilância da Raiva dá prêmio à secretaria estadual da Saúde

14/03/2023
Trabalho sobre sistema de vigilância da Raiva, doença infecciosa causada por um vírus que afeta o sistema nervoso e pode levar o paciente à morte, deu à Sesa, Secretaria da Saúde do Paraná, um prêmio do Ministério da Saúde. A premiação aconteceu em Brasília, durante o 14º Encontro Científico Internacional do programa de treinamento em epidemiologia aplicada aos serviços do SUS realizado na sexta-feira. A secretaria estadual da Saúde garantiu o primeiro lugar na categoria pôster com a apresentação da avaliação do sistema de vigilância da Raiva, com ênfase nos atendimentos antirrábicos no Estado, de 2018 a 2020. A enfermeira da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Sesa, Tatiane Cristina Brites, foi a autora do material premiado. Foram cerca de dez trabalhos apresentados durante o evento, que teve como objetivo fortalecer e expandir a integração entre epidemiologistas de campo de todo o Brasil. // SONORA TATIANE CRISTINA BRITES //

Ela enfatiza que a Raiva é uma doença grave e que requer vigilância constante. A transmissão ocorre através da saliva de um mamífero infectado, sobretudo através da mordedura de animais. No caso de contato com um animal suspeito, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde. A rápida identificação dos acidentes permite ações do Sistema Único de Saúde para reduzir o risco da população contrair a doença. Todo atendimento causado por animal potencialmente transmissor da raiva deve ser notificado pelos serviços de saúde, por meio da Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Nem todos os casos de agressões exigem a administração do esquema profilático completo, como nos casos em que há apenas contato indireto com o animal agressor ou quando o cão ou gato são observáveis, conforme descrito nos protocolos de atendimento antirrábico humano. Nesses casos em que não há indicação de profilaxia, a correta orientação evita indicação desnecessária de imunobiológicos para as pessoas. Em média ocorrem cerca de 45 mil notificações anuais de atendimento antirrábico no Paraná. Dados preliminares apontam, que em 2023, já foram registrados mais de 3 mil atendimentos em todo o Paraná. (Repórter: Nathália Gonçalves)