Universidades estaduais do Paraná vão fazer exames para identificar o coronavírus

01/04/2020

Cinco instituições estaduais de Ensino Superior do Paraná deram início nesta terça-feira ao processo de credenciamento junto ao Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, Sislab, para realização de exames para identificação do coronavírus. Juntas, as universidades estaduais de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, do Centro-Oeste e do Oeste do Paraná terão capacidade instalada de avaliar até 700 amostras por dia. O número aumentaria a condição atual de processamento do Laboratório Central do Estado, Lacen, em quase 120%, já que o complexo hoje executa 600 exames por dia. Em relação ao momento de início da pandemia, o aumento é de 400%. Os kits para os exames e os insumos para a extração de amostras dos materiais coletados ficariam por conta das universidades, municípios ou entidades civis. A autorização para o credenciamento de novos laboratórios para os exames da Covid-19 consta em decreto e atende a um pedido do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Segundo ele, a ação permite ampliar o enfrentamento ao coronavírus, juntamente com outras medidas já tomadas para o fortalecimento do Lacen. // SONORA RATINHO JUNIOR //
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou a atuação do Lacen como referência de qualidade dos exames que serão feitos no Paraná. // SONORA BETO PRETO //
Superintendente de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Aldo Bona lembrou que as universidades estaduais se colocaram à disposição para colaborar com o Governo do Estado desde o início da pandemia. Ele destaca que, quanto mais exames executados, melhor é o fluxo de atendimento aos pacientes. // SONORA ALDO BONA //
De acordo com o vice-reitor da universidade, Décio Sabbatini, a UEL já vem se articulando com as entidades civis de Londrina e com a secretaria municipal de saúde para fazer a estruturação do serviço. O Laboratório de Biologia Molecular, integrado ao Hospital Universitário da cidade, tem condições de processar até 200 testes/dia com a estrutura já existente. Além de ter dado início ao processo para a realização de análises, as universidades locais também estão envolvidas com estudos para mapeamento da Covid-19. A Universidade Estadual de Londrina está entre as três universidades com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil. O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, liderada pelos Estados Unidos com 4.400 estudos publicados, seguidos da China com 2.523. (Repórter: Rodrigo Arend)