Universidades estaduais intensificam pesquisas sobre o coronavírus

02/04/2020
Com um importante potencial humano e de infraestrutura, as universidades estaduais do Paraná têm atuado intensamente no enfrentamento ao novo coronavírus. As pesquisas vão desde o monitoramento da evolução da Covid 19 e desenvolvimento de kits para diagnóstico até ações de atendimento direto à população com equipes multidisciplinares capacitadas para atuarem na linha de frente em instituições de saúde. Segundo dados da Web Of Science, divulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, a Universidade Estadual de Londrina está entre as três universidades brasileiras com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil. Em primeiro lugar aparece a USP, com 91 estudos publicados, seguida da UNESP com 32 e da UEL com 21. O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, que é liderada pelos Estados Unidos, seguidos da China. De acordo com o presidente do Conselho de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação da Fundação Araucária e pró-reitor de pesquisa da UEL, Amauri Alcindo Alfieri, os dados mostram a qualidade das instituições estaduais de ensino superior e a capacidade de produção de Ciência.// SONORA AMAURI ALCINDO ALFIERI.//
Há várias pesquisas sobre a Covid-19 em andamento, principalmente por ser um vírus novo e de evolução clínica bem diferente do que existia até então. As universidades estaduais estão formando redes de pesquisadores para intensificar estes trabalhos. O chefe do Departamento de Microbiologia do Centro de Ciências Biológicas da UEL, Galdino Andrade, explica que está sendo criado um grupo com pesquisadores de diversas áreas com diferentes estudos. Entre eles, com agentes infecciosos de importância médica e ambiental, detecção, diagnóstico e controle, incluindo a pesquisa e desenvolvimento de novos antimicrobianos. Virologistas estudam a interação vírus RNA/DNA hospedeiro.// SONORA GALDINO ANDRADE.//
Na Universidade Estadual de Maringá alguns pesquisadores têm atuado, principalmente, no monitoramento da evolução da Covid 19 com base em modelos descritos na literatura. O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UEM, Clóves Cabreira Jobim, ressaltou que as universidades estão trabalhando arduamente no enfrentamento a esta pandemia.// SONORA CLÓVES CABREIRA JOBIM.//
Já o superintendente geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, lembrou que mais de 90% de toda a produção científica brasileira é feita nas universidades públicas e que as estaduais estão contribuindo muito para o avanço da ciência no país. (Repórter: Amanda Laynes)