Volume de milho embarcado em janeiro, pelo Porto de Paranaguá, está 161% maior

30/01/2023
O mês de janeiro ainda nem terminou, mas o volume de milho carregado pelo Porto de Paranaguá, neste ano, impressiona. Até o último dia 29, já foram 569.461 toneladas do cereal embarcadas. O volume é quase 161% maior que as 218.358 toneladas exportadas pelos terminais paranaenses durante os 31 dias do mês, em 2021. O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destaca que essa movimentação pelo Porto de Paranaguá já vem se intensificando desde o ano passado. Somente no último mês de dezembro, foram carregadas 580.147 toneladas de milho pelo Porto de Paranaguá. Comparado às 97.124 toneladas exportadas em dezembro de 2021, o volume foi 947% maior. No mês de janeiro, até este domingo, 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up desta segunda-feira, escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas. Outros oito viriam na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já anunciado para chegar, mais um navio deve receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a um milhão e 100 mil toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá. A engenheira agrônoma Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep/Senar-PR, confirma que janeiro realmente não é típico período de exportação de granéis, especialmente milho. Porém, segundo ela, uma combinação de fatores tem impulsionado a demanda pelo cereal brasileiro. Além do fato dos produtores precisarem fazer espaço para receber a nova safra de soja, a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros. A especialista ainda explica que, a Ucrânia e os Estados Unidos costumavam ser os principais exportadores de milho para a China. As exportações ucranianas reduziram 24%, já que tiveram menor produção e dificuldades para embarcar o produto, devido ao conflito com a Rússia. E, com os norte-americanos, o país oriental está em conflito comercial. (Repórter: Alexandre Nassa)