As forças de segurança do Paraná retiraram 434 mil quilos de drogas de circulação nos primeiros nove meses de 2025, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as apreensões das polícias Civil e Militar somaram 359 mil quilos. É o maior volume da história, de acordo com os dados apresentados nesta quarta-feira (29) pelo secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira.
“Intensificamos as operações de fronteira e a integração entre as polícias para combater o tráfico de drogas, o que resultou nesse grande volume de apreensões, retirando toneladas de drogas de circulação”, afirmou Teixeira.
“A integração entre as forças de segurança e os investimentos em contratação de efetivo, novos equipamentos e tecnologia, somados ao esforço dos nossos policiais, têm trazido reduzido os índices de criminalidade”, ressaltou. “Temos enfatizado no combate ao crime organizado, e o tráfico de drogas está relacionado, obviamente, com o crime organizado”.
Ele destacou que dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apontam que o Paraná é o estado com maior acréscimo nas apreensões de maconha em todo o País nos primeiros nove meses de 2025, com um aumento de 22,5%. Foram 431.996 quilos da droga tiradas de circulação de janeiro a setembro deste ano, contra 325.559 quilos no mesmo período do ano passado. Considerado o volume de apreensões pelas polícias paranaenses em ações diárias, o número chega a 1.582 quilos por dia.
As apreensões feitas no Estado impactam no fluxo da droga que seria comercializada pelo crime organizado em outros locais do País, já que a fronteira com o Paraguai faz com que o Paraná seja um corredor do tráfico de maconha, salientou o secretário. “Intensificamos as operações integradas entre a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, com grande atuação do Batalhão de Fronteiras. As drogas que aprendemos provavelmente não ficariam no nosso Estado, seriam transportadas para outros estados do País”, explicou Teixeira.
COCAÍNA E CRACK – Com 4.820 quilos retirados das ruas, as apreensões de cocaína subiram 6,4% no ano passado, em relação ao anterior, quando as apreensões chegaram 4.530 quilos – a primeira vez, desde 2018, que ultrapassou a marca de 4 mil quilos apreendidos. O aumento foi de 255% na comparação com 2018 (1.357 kg).
Além disso, foram apreendidos 1.717 de crack até o terceiro trimestre, 18 quilos a mais que nos nove primeiros meses do ano passado (1.699 kg) e mil quilos a mais do que no mesmo período de 2018 (717 kg), o que representa um crescimento de 139% em sete anos.












