Equipes do Governo do Estado seguem mobilizadas em Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na reconstrução das estruturas de ensino atingidas pelo tornado da última semana. Além das equipes da Secretaria da Educação (Seed), Fundepar e do programa Mãos Amigas, chegaram à cidade 40 funcionários de uma empresa de construção civil, incluindo cinco operadores de máquinas, e 18 servidores do Instituto Água e Terra (IAT), que reforçam a limpeza e remoção de entulhos nas áreas escolares.
As frentes de serviço se concentram principalmente nos colégios estaduais Ludovica Safraider, Ireno Alves dos Santos, e na sede da Apae do município, que também sofreu danos estruturais. A determinação para incluir a instituição no plano emergencial de reconstrução partiu do governador Carlos Massa Ratinho Junior, com o objetivo de restabelecer o atendimento educacional e terapêutico o mais rapidamente possível.
Entre as equipes em atuação estão pintores, eletricistas, marceneiros e auxiliares de serviços gerais do programa Mãos Amigas, vindos de unidades prisionais de Cascavel, Guarapuava e Laranjeiras do Sul. Eles auxiliam na remoção de entulhos, recuperação de mobiliários e limpeza das salas de aula, em apoio direto às equipes da Fundepar e da Secretaria da Educação. As atividades são monitoradas por agentes do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen).
Segundo a chefe do Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul, Adriane Esquil de Almeida, o objetivo é garantir o retorno seguro das aulas no início do próximo ano letivo. “O momento agora é de reconstrução. Estamos finalizando a limpeza das áreas internas e preparando os espaços provisórios para acolher os alunos e professores. Também teremos atendimento psicológico às famílias afetadas, porque a escola é um ponto de estabilidade emocional da comunidade”, afirmou.
O engenheiro e fiscal da Fundepar, Dimas Thiago Silva, esclareceu que o levantamento técnico dos danos ainda está em andamento e é feito de forma minuciosa para garantir a recuperação completa das estruturas. “No Colégio Ludovica Safraider, dois blocos precisarão ser reconstruídos, e o ginásio foi totalmente destruído. Já no Ireno Alves, a cobertura será substituída e parte da estrutura reforçada. Estamos trabalhando de forma emergencial, mas com rigor técnico, para que as reformas ocorram com segurança e durabilidade”, disse.
MÃOS AMIGAS – O Paraná é pioneiro no uso de trabalho prisional na manutenção e reforma de colégios estaduais. As pessoas privadas de liberdade que atuam nesse programa têm um dia de redução de pena a cada três dias trabalhados. Somente em 2025, 427 unidades escolares foram atendidas pelo programa com a execução de mais de 2 mil serviços.
De acordo com o coordenador estadual do programa Mãos Amigas, Claus Marchiori, a integração das equipes tem sido essencial para acelerar o processo. “O programa foi pensado justamente para responder rapidamente a situações como essa. Os detentos estão prestando um serviço essencial, ajudando a limpar, organizar e preparar os prédios escolares para a reconstrução. Essa força de trabalho é valiosa tanto para o Estado quanto para a reintegração social dos participantes”, destacou.
INVESTIMENTOS – Para garantir o atendimento imediato, a Fundepar enviou R$ 75 mil por meio do Fundo Rotativo, sendo R$ 50 mil destinados ao Colégio Ireno Alves e R$ 25 mil ao Colégio Ludovica Safraider. O recurso será aplicado em reparos prioritários e ações de limpeza.
Os repasses são apenas os primeiros para recuperação das estruturas. O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, que visitou as escolas de Rio Bonito do Iguaçu e acompanhou os trabalhos na segunda-feira (10), afirmou que o Governo do Estado vai garantir todos os investimentos necessários para a recuperação completa das escolas e da Apae. O valor está estimado inicialmente em até R$ 5 milhões, mas será confirmado após a conclusão dos laudos da Fundepar.
“Já temos empresas contratadas emergencialmente e equipes em campo. O Paraná tem um planejamento específico para agir com rapidez em situações de catástrofe. O importante é que os estudantes iniciem o próximo ano letivo em um ambiente adequado e seguro”, disse Miranda.
































































































