O Governo do Estado, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), está construindo 21 Unidades Mistas de Saúde (UMS) em diversas regiões do Paraná. Essas unidades prestam atendimento de urgência e emergência, internação de baixa complexidade, atenção básica à saúde, exames, diagnósticos, tratamento e alguns cuidados mais complexos.
Até agora, já foram destinados R$ 74,2 milhões para essas obras, que contemplam municípios com até 15 mil habitantes e que apresentam estruturas de saúde mais críticas. “Essas unidades têm como diferencial a integração entre a atenção básica e pronto atendimento e representam um avanço importante para a rede pública de saúde”, afirma o secretário de Estado da Saúde em exercício, César Neves.
Para a implantação das UMS, a Sesa fornece o projeto arquitetônico padrão, com 653,64 metros quadrados que oportunizam a capacidade média de atendimento de 3,1 mil pacientes mensais. O valor investido pelo Governo do Estado para a estrutura em cada unidade varia de R$ 3 milhões a 3,8 milhões e, para equipamentos e mobiliários, cerca de R$ 1,9 milhão.
A primeira UMS do Paraná está localizada em Maria Helena no Noroeste e foi inaugurada em 15 de agosto. Outras nove Unidades Mistas de Saúde já estão em construção. Na região Oeste, em Quatro Pontes, as obras estão quase finalizadas, com 93,54% de conclusão.
Três cidades da região Noroeste também contarão com UMS: Ivaté, que recebeu investimentos de R$ 3 milhões e está com 89,31% da obra finalizada; Mariluz (63,61%) e Boa Esperança (60,05%) - ambas tiveram investimento de R$ 3,8 milhões cada.
No Norte do Estado as cidades contempladas são: São Sebastião da Amoreira, com investimento de R$ 3 milhões e 67,95% concluída; Jaguapitã, R$ 3,8 milhões e andamento de 68,80%, e Jataizinho com R$ 4 milhões investidos e 44,13% da obra finalizada.
Já no Sudoeste, São Jorge do Oeste recebeu investimento de R$ 3 milhões e 40,96% de conclusão e Fernandes Pinheiro outros R$ 3,8 milhões, com obra em ritmo inicial.
Outras 11 cidades têm construção de UMS previstas, todas com R$ 3,8 milhões de investimento cada. Nos Campos Gerais, Telêmaco Borba; no Centro-Sul, Cantagalo e Espigão Alto do Iguaçu; no Noroeste, Francisco Alves, Santo Inácio, Luiziana e Xambrê; no Sudoeste, Marmeleiro e Nova Esperança do Sudoeste; no Norte, Nova Fátima; e no Oeste, Santa Lúcia.
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PRIMEIRA UMS DO PARANÁ – Em funcionamento desde 15 de agosto, a Unidade Mista de Saúde Amilton Vanderosck, de Maria Helena, na região Noroeste, já mudou a rotina de atendimento dos cerca de 5,9 mil moradores.
"Antes tínhamos mão-de-obra, mas não tínhamos nenhuma estrutura, era preciso proteger equipamentos e pacientes da chuva, para se ter ideia da condição”, relata a enfermeira e diretora da UMS, Janiani de Oliveira Cavitioli.
O que antes era uma unidade com condições precárias, agora é um estabelecimento completo. Entre as melhorias de equipamentos, a enfermeira destacou o ventilador mecânico - antes era utilizado o ambu, um respirador manual.
“O respirador é usado para estabilização de pacientes, como só tínhamos o manual, chegávamos a ficar uma ou duas horas manipulando o ambu até que a ambulância do SAMU chegasse até aqui”, conta Janiani. “Para nós trabalhadores e para a população, mudou bastante.”
Outras mudanças já foram implantadas, como o atendimento de odontologia e algumas especialidades: ortopedia, ginecologia, geriatria, pediatria. “Também devemos ter, em breve, a contratação de endocrinologista e programamos a implantação de uma sala de vacinas, em que poderemos atender de forma mais qualificada a população”, afirma a enfermeira.
Segundo Janiani, grande parte dos moradores de Maria Helena trabalha em cidades da região e por isso, o atendimento com horário estendido facilita o acesso da população à saúde. A média de atendimentos de urgência e emergência passa de 3 mil mensais, sem contar as especialidades, o que torna a UMS bastante movimentada. “Agora estamos totalmente preparados para esses atendimentos”.