Acostumado a estender a mão para os vizinhos em caso de grandes tragédias, como ocorreu recentemente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o Paraná agora vive situação inversa. Hoje, são as equipes gaúchas que se deslocam para o Estado para ajudar na reconstrução da cidade de Rio Bonito do Iguaçu. O município do Centro-Sul paranaense foi devastado por um tornado na última sexta-feira (7), tendo 90% de suas estruturas afetadas.
“Em 2024, Novo Hamburgo e a maior parte do Rio Grande do Sul foi afetada por aquela grande enchente e o Paraná de pronto enviou equipes, maquinário, muita ajuda. O Rio Grande do Sul estava precisando dessas mãos, desse apoio, e nada mais justo do que a gente retribuir como uma forma de carinho e compaixão com quem também teve conosco esse olhar fraternal”, afirmou Gilson Cristiano do Amaral, diretor da Defesa Civil de Novo Hamburgo, que está em Rio Bonito do Iguaçu.
Ele faz parte de um grupo de Novo Hamburgo que chegou nesta quarta-feira (12) ao município paranaense trazendo quatro pessoas e equipamento para a utilização nas demandas locais. Estão programados para ficarem uma semana na região. Mas a ajuda da cidade pode aumentar: caso seja necessário, uma nova equipe está de prontidão para reforçar o mutirão do bem. Para não perder tempo, o primeiro dia do quarteto já foi com muita mão na massa.
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“Em um primeiro momento, notamos que as propriedades privadas estão com mão de obra que supre as necessidades, então nossa missão tem sido de recuperação dos prédios públicos”, explicou Gilson. “Refizemos o telhado de uma unidade de saúde e começamos a trabalhar no de uma escola de educação infantil. Vamos trabalhar o quanto for possível para que a situação do povo aqui volte o quanto antes à normalidade”.
Ao todo, o Rio Grande do Sul tem cerca de 20 pessoas atuando em Rio Bonito do Iguaçu. Além dos quatro de Novo Hamburgo, há mais 12 de São Leopoldo. Os demais são de Canoas e Bento Gonçalves. Eles estão apoiando equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Paraná nos encaminhamentos necessários depois de uma tragédia, como estruturação da rede de apoio assistencial e limpeza urbana.
Além das forças de outros estados, dezenas de voluntários da região e de várias parte do Brasil estão na cidade ajudando na reconstrução. "O Paraná é muito grato a toda essa ajuda, que está sendo fundamental nesse momento de crise. Estamos diante de um cenário que mostra que precisamos ser rápidos para ajudar as famílias a reconstruírem suas vidas", disse o secretário das Cidades, Guto Silva.