O Paraná chegou a setembro com o segundo melhor resultado no tempo médio para abertura de empresas, com 7 horas e 53 minutos, e média de apenas 8 horas e 57 minutos em todo o ano de 2025. Os dados são do Painel de Abertura de Empresas, que reúne informações do governo federal, e foram alcançados pela Junta Comercial após um grande programa de desburocratização.
Em janeiro de 2019, essa média era de 8 dias e 18 horas, ou seja, 210 horas. Desde então a redução foi de 202 horas, o que equivale a 134 partidas de futebol ou o tempo de viagem de carro de Curitiba até Medellín, na Colômbia, em ida e volta.
A melhor marca do Paraná na história foi em julho, com 7 horas e 52 minutos, e desde maio esse tempo está abaixo de 9 horas. O tempo total de abertura de empresas e demais pessoas jurídicas leva em consideração o tempo na etapa de viabilidade, na validação cadastral que os órgãos efetuam e na efetivação do registro, com a obtenção do CNPJ.
O presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, credita a posição do Paraná como referência nacional em agilidade na abertura de empresas ao investimento em processos digitais, a uma equipe altamente qualificada e a uma forte integração com órgãos parceiros, como prefeituras e demais entidades envolvidas no registro. “Essa combinação de tecnologia, responsabilidade e colaboração garante que os empreendedores encontrem no nosso Estado um ambiente de negócios simples, seguro e eficiente”, afirma.
Entre as grandes economias, o Paraná é destaque absoluto. Alguns estados ainda estão bem distantes nessa política, como Santa Catarina (16 horas e 10 minutos em setembro), Rio Grande do Sul (20 horas e 11 minutos em setembro), Minas Gerais (28 horas e 28 minutos em setembro) e São Paulo (30 horas e 21 minutos em setembro). A média nacional para abertura de empresas foi de 22 horas em setembro. Em agosto era de 26 horas e em julho, 30 horas.
No Paraná, a desburocratização é uma das marcas da relação entre Estado e setor privado nos últimos anos. Na semana passada inclusive começou a valer no Paraná a dispensa de alvarás e licenças para 975 atividades econômicas consideradas de baixo risco, por meio do sistema integrado Empresa Fácil. A ampliação colocou o Paraná entre os estados com maior número de atividades econômicas dispensadas do Brasil.
“O governo estadual levava diversos dias para abrir uma empresa no passado. Hoje, isso ocorre em apenas algumas horas. Agora, com 975 grupos de atividades de baixo risco, esperamos aumentar os empregos e trazer novo fôlego para a economia paranaense”, complementa Jean Rafael Puchetti Ferreira, presidente do Comitê Permanente de Desburocratização da Casa Civil, pasta responsável pela articulação desse trabalho.
"A ampliação dos CNAEs com dispensa busca estimular a livre iniciativa, reduzir custos de formalização e atrair novos empreendimentos, sem comprometer a exigência de padrões técnicos quando necessários", diz.
NOVAS EMPRESAS – Além da velocidade, o Paraná registra desempenho positivo em relação a novos negócios nos primeiros nove meses de 2025. Houve crescimento de 14,16% no saldo de empresas entre janeiro e setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. O número é resultado da diferença entre negócios abertos (279.098) e fechados (159.370). Nos primeiros nove meses do ano, o saldo foi de 119.728 empresas, enquanto no mesmo período de 2024 o número era de 104.878. Com esse resultado, o Paraná se aproxima dos 2 milhões de empresas ativas.