Para além da icônica estufa, das plantas e flores, há um outro ponto chamando a atenção de turistas que frequentam o Jardim Botânico de Curitiba: a exposição “Fauna Ameaçada é Fauna a Ser Salva”, em cartaz na Galeria das Quatro Estações. A mostra reúne fotos de 33 espécies ameaçadas de extinção e tem tido grande destaque neste mês de julho, período de férias escolares.
Inspirada na mais recente edição do Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção do Paraná, lançado pelo Governo do Estado no ano passado em formato digital, a apresentação busca provocar reflexão sobre a importância da conservação da biodiversidade.
Felipe Ricardo está entre as pessoas que foram impactadas. Natural de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, ele mora em Curitiba há alguns anos. Aproveitou a folga prolongada, e a visita dos pais, para se debruçar sobre a mostra.
“Gostei muito, principalmente do fato de retratar os animais em extinção e como devemos ter cuidado, mostrando o que pode acontecer no futuro se não cuidarmos deles”, disse.
A sergipana Patrícia Dantas também saiu encantada. Em Curitiba há um ano e meio, essa foi a segunda vez que visitou o Jardim Botânico. “Eu amo muito aqui. Essa proposta que o Jardim tem é sensacional e acolhedora. Apesar de ser uma cidade muito fria, a sensação de estar aqui é aconchegante”, afirmou. “Nem todo mundo tem o entendimento da importância que essa exposição tem, mas creio que terá um peso muito importante para a mudança de mentalidade, para contribuir de fato para a preservação do meio ambiente”.
Já Valdete Andrade Santos está visitando Curitiba pela primeira vez e aproveitou a ocasião para conhecer o famoso Jardim Botânico. “Tudo é maravilhoso. Essas fotografias, por exemplo, ajudam as pessoas a identificarem o que há na cidade, no Estado, e a valorizar a fauna local”, destacou.
A exposição é promovida pelo Governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e do Instituto Água e Terra (IAT). A mostra segue aberta ao público até o dia 3 de agosto, com entrada gratuita, das 6h às 19h30.
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REDE DE PROTEÇÃO – A mostra também evidencia o trabalho contínuo da rede de apoio à fauna silvestre no Paraná, coordenada pelo IAT, autarquia vinculada à Sedest. Somente nos quatro primeiros meses de 2025, a estrutura formada pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS), instituições de ensino e organizações da sociedade civil, foi responsável pelo resgate e reabilitação de 1.483 animais silvestres — número que representa 40% de todos os atendimentos realizados em 2024.
DENUNCIE – Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou da Polícia Militar do Paraná.Se preferir, outra opção é ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.