Monitor de Secas: Campos Gerais, Norte Pioneiro e Leste tiveram pouca chuva em outubro

Resultado é do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas. O estudo é realizado em parceria com vários institutos, entre eles o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
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17/11/2025 - 16:30
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Uma área maior das regiões Leste, Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná registrou seca em outubro, segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), publicado na última sexta-feira (14). O estudo é realizado em parceria com vários institutos, entre eles o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

O mapa de agosto apontava que a seca evoluiu da categoria moderada para grave no Norte do Estado, em algumas cidades que fazem divisa com São Paulo. Já na Região Metropolitana de Curitiba, passou da categoria fraca para moderada, chegando até a parte norte do Litoral. Em setembro, devido às chuvas ainda abaixo da normalidade, houve o avanço das secas fraca, moderada e grave no Norte do Estado. Por outro lado, devido às chuvas acima da média no Sudoeste, houve recuo da seca fraca.

Como a média de chuva para outubro é muito alta, entre as 43 estações meteorológicas do Simepar que possuem mais de cinco anos de operação, 25 registraram volume de chuvas abaixo da média histórica, e 18 acima da média para o mês. O destaque fica para Jaguariaíva, onde o acumulado de chuva médio para outubro é de 168,3 mm e choveu apenas 42,8 mm; e para Altônia, que registrou 118 mm de chuva acima da média histórica para outubro.

Por conta do baixo volume de chuvas, o mapa de outubro registrou avanço da área de seca fraca no Leste e da seca grave nos Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná. Os impactos são de curto e longo prazo no Norte e Noroeste do Paraná, ou seja, podem prejudicar a agricultura e o abastecimento de água; e de curto prazo nas demais áreas, ou seja, impactando apenas a agricultura.

BRASIL – O mapa da ANA aponta ainda, na Região Sul, o avanço da seca fraca também no Centro de Santa Catarina, e o recuo total dos registros de seca no Rio Grande do Sul. O estado, no momento, não tem seca relativa. 

No Nordeste, houve avanço da seca grave no Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e no Norte do Piauí. A seca extrema avançou no Oeste de Pernambuco e no Centro-Sul da Bahia, e a seca fraca recuou no Sul da Bahia.

Na Região Sudeste, houve aumento da área com seca grave em Minas Gerais e São Paulo. A seca moderada avançou no Leste mineiro, Oeste de São Paulo, Vale do Paraíba e faixa oeste do Rio de Janeiro, que também registrou avanço da seca fraca no Centro-Norte. Houve recuo da seca fraca no litoral norte do Espírito Santo.

Na Região Norte, a seca foi de moderada a grave no Nordeste de Goiás e Leste de Tocantins. Amapá, Pará e Rondônia registraram leve aumento da área com seca fraca, enquanto o Amazonas teve aumento da área com seca moderada no Oeste e Sul. Por outro lado, o Acre deixou de registrar seca grave.

Na Região Centro-Oeste, foi registrado avanço das secas fraca e moderada em Goiás e Mato Grosso do Sul. Além disso, Mato Grosso teve aumento da área com seca fraca no Oeste e Leste.

MONITOR – O Monitor de Secas iniciou em 2014 focado no semiárido, que sofria desde 2012 com a seca mais grave dos últimos 100 anos. Desde 2017, a ANA articula o projeto entre as instituições envolvidas e coordena o processo de elaboração dos mapas.

O Simepar, todos os meses, faz a análise das regiões Sul e Sudeste, utilizando dados como precipitação, temperatura do ar, índice de vegetação, níveis dos reservatórios e dados de evapotranspiração (a relação entre a temperatura e a evaporação da água). A cada três meses, o Simepar ainda coordena a elaboração do mapa completo.

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