Opera Paraná acelera cirurgias eletivas nos 94 municípios da Macrorregião Oeste

No total, o número de procedimentos passou de 77.666 para 107.067 entre 2022 e o ano passado - crescimento de 37,8%. Alguns municípios, como Santo Antônio do Sudoeste e Salto do Lontra, chegaram a zerar a fila. O investimento do Governo do estado no programa chega a quase R$ 1 bilhão.
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21/08/2025 - 17:30
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O programa Opera Paraná, do Governo do Estado e desenvolvido pela Secretaria da Saúde (Sesa), mudou de forma significativa o cenário na Macrorregião Oeste do Estado. A iniciativa é uma ação integrada entre o Estado, municípios e hospitais contratados para ampliar a realização de cirurgias eletivas - procedimentos agendados, que não demandam urgência. Na macrorregião Oeste, composta por cinco Regionais de Saúde, abrangendo 94 municípios, o atendimento com cirurgias registrou aumento progressivo com o Opera Paraná.

Em 2022, a média mensal de procedimentos era de 6.472,17 nesta macrorregião. Em 2024 , a média passou para 8.922,25. Neste ano de 2025, somente nos primeiros cinco meses foram realizados 10.377,20. Quando contabilizados em números por ano, foram 77.666 (no ano de 2022), 83.079 (em 2023), 107.067 (em 2024) e 51.886 neste ano. Até agora, o programa já recebeu investimentos próximo de R$ 1 bilhão.

Com o apoio das Regionais de Saúde da Sesa, as secretarias da Saúde dos municípios realizam a regulação e o agendamento das cirurgias, organizando o fluxo assistencial de forma regionalizada e articulada com os prestadores contratados.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a contratualização dos prestadores de serviço pela Sesa, e o fortalecimento da oferta cirúrgica na macrorregional Oeste, alavancou o número de procedimentos. “Desde que implantamos o Opera Paraná, em 2022, e aceleramos em 2023, os números não param de crescer. Isso é um reflexo do trabalho intenso do Governo do Estado para agilizar as filas no SUS”, explica do secretário. O investimento do Governo do Estado no programa, por meio da Sesa, já chega .   

DESTAQUES – Alguns municípios, como Santo Antônio do Sudoeste e Salto do Lontra, pertencentes à 8ª Regional de Francisco Beltrão, por exemplo, chegaram a zerar a fila neste ano, apesar de ela ser dinâmica e variar conforme novas demandas e a conclusão de procedimentos.

No ano de 2022, na 8ª RS, os prestadores de serviços (hospitais), realizaram 12.451 cirurgias eletivas para a população. Já em 2024, esse número saltou para 14.216 procedimentos. A especialidade mais atendida foi a de cirurgias do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal. A tendência de crescimento continua em 2025. Até o mês de maio, já foram realizadas 5.581 cirurgias eletivas.

Com os hospitais contratualizados na 10ª Regional de Saúde de Cascavel, os números passaram de 40.388 cirurgias em 2022 para 40.522 em 2023. No ano passado o total de procedimentos chegou 47.215, e neste ano, até maio, haviam sido contabilizadas 22.614 cirurgias. 

Junto aos prestadores da 9ª Regional de Foz do Iguaçu, a redução da fila foi impulsionada pelas 14.130 cirurgias realizadas em 2022; 15.226 no ano seguinte; 29.407 em 2024 e 12.938 até maio de 2025.

Nas regionais de Toledo (20ª RS) e Pato Branco (7ª RS), o avanço se repete. Na RS sediada em Toledo os números de ano a ano mostram o avanço: de 4.172, para 5.374, aumentando para 6.920 e chegando a 3.068 só nos cinco meses deste ano. Na RS de Pato Branco os números evoluíram de 6.525 cirurgias, para 7.702, subindo para 9.309 em 2024 e neste ano, 7.685 procedimentos.

As principais especialidades atendidas entre 2024 e 2025 na macrorregião Oeste, foram cirurgias do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal; cirurgias do sistema osteomuscular e cirurgias do aparelho geniturinário.

ARTICULAÇÃO – A articulação entre as macrorregiões facilita o planejamento conjunto de ações, a distribuição equilibrada de insumos e o fortalecimento das equipes médicas, assegurando que as cirurgias eletivas sejam realizadas com qualidade e segurança.

Para a diretora de Contratualização e Regulação da Sesa, Raquel Mazetti Castro, a parceria entre Estado e municípios, e os serviços ofertados dentro da própria macro possibilitam o compartilhamento de recursos e de equipes, otimizando a capacidade dos hospitais estaduais, municipais e contratualizados.

“O programa Opera Paraná tem contribuído para garantir o acesso universal, integral e equânime à saúde, conforme previsto nas normativas do SUS. O trabalho conjunto, respeita essa premissa”, afirma Raquel.  

INVESTIMENTOS – O programa conta com um investimento próximo de R$ 1 bilhão do Governo do Estado, por meio da Sesa. A iniciativa já passou por duas fases importantes: a primeira com aporte de R$ 150 milhões, resultando em aumento de 47% no número de cirurgias de 2021 para 2022; e a segunda, com R$ 450,6 milhões, garantindo crescimento adicional de 20% entre 2022 e 2023.

Em março deste ano, durante o evento Saúde em Movimento, em Foz do Iguaçu, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou mais R$ 350 milhões para a terceira fase do programa.

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