Sob a regência do maestro titular Rossini Parucci, a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel) volta a se apresentar nesta quinta (11) e sexta-feira (12) no Teatro Ouro Verde, com o terceiro concerto da Série Catuaí, da Temporada Ouro Verde 2025. No programa, obras de três compositores proeminentes do período romântico: Antonin Dvorak, Johannes Brahms e Johann Strauss II. Os ingressos podem ser adquiridos por meio deste site.
O concerto inicia-se com a "Serenata para Sopros (Op. 44)", de Dvorak, uma obra belíssima que mistura leveza e lirismo com o estilo folclórico tcheco característico do compositor. Inspirado por Mozart, Dvorak compôs a serenata em 1878, em apenas 14 dias. Embora remeta ao estilo clássico, a obra é marcadamente tcheca em caráter, evocando a prática musical nos palácios da Boêmia. Representa uma belíssima síntese entre o estilo “retrô” e a típica inventividade musical de Dvorak.
Na sequência, o público terá como destaque a participação do jovem e talentoso violinista londrinense Matheus Garcia Souza, solista convidado do "Concerto para Violino (Op. 77) de Brahms" – uma das peças mais exigentes do repertório violinístico do período romântico. Matheus já se apresentou como solista da Osuel ainda na infância e, atualmente, vive nos Estados Unidos, onde é professor assistente na Central Michigan University, além de possuir doutorado em performance pela Stony Brook University (Nova York).
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Com carreira internacional, já se apresentou em mais de 160 concertos em um único ano, incluindo performances nas Nações Unidas, turnês pelo Japão e apresentações no Brasil. Também colaborou em gravações de trilhas sonoras de franquias como "Star Wars", "Final Fantasy", "Mortal Kombat", "Tomb Raider" e "Kingdom Hearts". Participou de festivais de prestígio como o Varna International Music Festival, Annapolis Chamber Music Festival e o Festival de Inverno de Campos do Jordão, além de ministrar masterclasses nos EUA, Japão, Brasil e China.
Composto em 1878 para o célebre violinista Joseph Joachim, o concerto é reconhecido pela fusão entre virtuosismo e profundidade musical. Estreado em Leipzig, Alemanha, no dia do Ano Novo de 1879, inicialmente dividiu opiniões, mas hoje é celebrado como uma das maiores obras do repertório romântico, equilibrando virtuosismo e profundidade como poucas outras peças do gênero. O Adagio central destaca um solo do oboé, logo assumido pelo violino, criando um diálogo introspectivo de rara delicadeza.
Para encerrar o concerto, a Osuel prestará homenagem aos 200 anos de nascimento de Johann Strauss II, o “Rei da Valsa”, com a valsa mais famosa do mundo, “No Belo Danúbio Azul”, considerada uma espécie de hino não oficial da Áustria. A obra mais famosa de Strauss estreou como peça orquestral em 1867 e hoje ocupa um lugar de honra como uma das tradições mais amadas e duradouras da música clássica, além de ser uma das peças mais executadas do repertório clássico mundial.