A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu em flagrante uma mulher de 44 anos pelos crimes de perigo para a vida ou saúde de outrem, falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, exercício ilegal da medicina, resistência, desobediência e exposição à venda de produto impróprio para consumo. A ação aconteceu nesta quinta-feira (13) em uma clínica localizada no bairro CIC, em Curitiba.
A prisão ocorreu durante uma fiscalização realizada pela PCPR em conjunto com o Conselho Regional de Medicina (CRM), o Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) e a Vigilância Sanitária (VISA). No local, foi constatado que a mulher se apresentava como esteticista, porém não possuía qualquer certificação profissional.
Segundo a delegada Aline Manzato, também foi verificado que o estabelecimento não tinha licença sanitária para funcionamento. Durante a vistoria, foram apreendidos medicamentos injetáveis sem procedência, produtos sem rotulagem, medicamentos vencidos, ácido hialurônico sem registro na Anvisa, ampolas de botox de uma marca proibida pela agência, equipamentos de ozonioterapia e incubadora para plasma PRP sem registro, além de tubos de PRP com validade expirada.
- PCPR cumpre 26 mandados contra grupo suspeito de vender droga sintética com cetamina
- Academia de Ciências Forenses completa seis anos dedicados à formação de peritos no Paraná
Na bolsa pessoal da suspeita, foram localizadas ampolas de cosméticos sem registro, frascos de medicamentos abertos, lidocaína e botox fora do acondicionamento adequado, além de uma seringa com líquido não identificado. “O local também não possuía sistema correto de descarte de materiais perfurocortantes, armazenando seringas e agulhas em caixas de papel, o que expunha terceiros a risco”, explica.
Durante a ação, familiares da suspeita desobedeceram às ordens policiais e tentaram interferir na apreensão dos materiais, motivo pelo qual outras três pessoas foram presas pelos crimes de desobediência e resistência.
“A Polícia Civil reforça o alerta para que a população verifique a habilitação e o registro profissional antes de realizar procedimentos estéticos, bem como a regularidade sanitária dos estabelecimentos. Cursos livres não habilitam profissionais a realizar tais procedimentos”, completa.



