A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu seis pessoas investigadas por praticar crimes contra crianças e adolescentes na internet. A ação aconteceu em Curitiba, Colombo, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Jacarezinho e Bandeirantes, no Paraná, e em Frutal e Uberlândia, em Minas Gerais, na manhã desta sexta-feira (12).
Os 60 policiais civis cumpriram 11 ordens judiciais de busca nos endereços dos suspeitos. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos como celulares, computadores e HD’s externos que serão encaminhados à perícia e auxiliarão o andamento das investigações.
Durante a ação, que contou com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), foram cumpridas quatro prisões preventivas e uma prisão temporária, sendo que duas destas pessoas também foram autuadas em flagrante. Mais um indivíduo, alvo de mandado de busca, foi preso em flagrante por estar em posse de material contendo pornografia infantojuvenil.
Entre os crimes investigados e que levaram à operação estão o estímulo à automutilação, a produção, compartilhamento e armazenamento de pornografia infantojuvenil, o aliciamento de crianças, o estupro de vulnerável por meio virtual e a extorsão.
- Com apoio de helicóptero, operações da PMPR apreendem drogas e eletrônicos no Oeste
- Paraná derruba número de homicídios em 30,4% e roubos também caem 18,6% em 2025
Esta é a terceira edição da ação realizada pela PCPR. As duas primeiras aconteceram em março e outubro do ano passado e resultaram na prisão de seis pessoas envolvidas em crimes contra menores de idade na internet.
“O objetivo da operação em todas as suas edições é a repressão qualificada e a prevenção a estes crimes praticados na internet. Os alvos desta sexta-feira não têm relação entre si, mas figuram em inquéritos policiais que estão sendo conduzidos pela PCPR”, afirma o delegado Thiago Soares.
A equipe policial teve conhecimento dos casos por meio de notificações de organizações não governamentais e de boletins de ocorrência registrados por responsáveis pelas vítimas.
Em alguns dos casos investigados, as vítimas foram coagidas a produzir e compartilhar mais conteúdos pornográficos para não serem expostas publicamente na internet. Em outros, a PCPR identificou que os suspeitos estimulavam menores de idade a praticarem a automutilação.
“Os criminosos podem pensar que estão escondidos e impunes no ambiente virtual, mas isso não é verdade. A polícia dispõe de meios para investigar, identificar e rastrear autores destes crimes”, destaca Soares.