Em 2025, o artesanato paranaense teve um ano marcado por expansão, reconhecimento e resultados inéditos, com ampliação da presença em feiras nacionais e internacionais, crescimento expressivo na certificação profissional e ações de interiorização que aproximaram serviços do Estado aos artesãos. As iniciativas foram coordenadas pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), por meio da Coordenação Estadual de Fomento ao Artesanato, reforçando o papel do setor como atividade estratégica para geração de renda, inclusão produtiva e preservação cultural.
A secretária da Semipi, Leandre Dal Ponte, destaca o impacto das ações realizadas ao longo do ano. “O artesanato muda vidas, abre portas e preserva a nossa história. Neste ano, vimos artesãs e artesãos ocupando novos espaços, batendo recordes e levando a cultura do Paraná para o Brasil inteiro. Isso só é possível quando existe apoio, capacitação e oportunidade. Nosso compromisso é seguir fortalecendo esse setor que gera renda, autonomia e orgulho para tanta gente”, afirma Leandre.
O ano começou com programação intensa no Verão Maior Paraná, no Litoral, onde oficinas de modelagem em argila, biojoias, bambu, couro de peixe e suculentas mobilizaram turistas e moradores, aproximando o artesanato da população e fortalecendo a economia criativa.
Nos meses seguintes, o Estado ampliou presença em grandes eventos do setor, como a 46ª Feira Internacional de Artesanato (Feiarte), em Curitiba, onde a Semipi participou pela primeira vez com o maior estande. A iniciativa resultou em recorde de vendas, com mais de R$ 72 mil arrecadados e 1.767 peças comercializadas.
A participação paranaense também ganhou projeção nacional na mostra “Sinta o Sul – Bioma Mata Atlântica”, no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro, que reuniu mais de 170 artesãos e exibiu mais de 600 peças representando o bioma e a produção criativa dos três estados do Sul. A atuação continuou com a presença na 19ª edição do Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, em São Paulo, e na 25ª Fenearte, em Pernambuco, considerada a maior feira de artesanato da América Latina.
Outro destaque deste ano foi o fortalecimento da atuação feminina. Em setembro, uma delegação composta exclusivamente por mulheres representou o Paraná na 7ª Fenacce, em Fortaleza. A ação resultou em mais de R$ 70 mil em vendas diretas e cerca de R$ 35 mil em encomendas futuras, ultrapassando R$ 100 mil em negócios e ampliando o impacto econômico da produção artesanal. As artesãs destacaram a importância do apoio estatal para o fortalecimento das suas atividades e para a abertura de novos mercados.
LIDERANÇA NACIONAL - Na certificação profissional, o Paraná alcançou resultados históricos. Segundo dados do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), o Estado liderou a emissão da Carteira Nacional do Artesão no mês de agosto, com 360 novos documentos — número que representa um salto de 414% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2025, já são 738 carteiras emitidas, crescimento de 61,8% em relação a todo o ano anterior.
As emissões foram impulsionadas por ações de interiorização e mutirões realizados mensalmente em parceria com o Liceu de Ofícios Criativos, da prefeitura de Curitiba, além de atendimentos em eventos como o Quilt & Craft Show, que ofereceu estrutura dedicada à emissão e orientação técnica.
A coordenadora estadual de fomento ao Artesanato, Pollyanna Medeiros, avalia que o Paraná vive um período de fortalecimento institucional, no qual planejamento, responsabilidade e compromisso social têm se traduzido em ações concretas que impactam diretamente a vida dos artesãos.
Segundo ela, os avanços são resultantes de uma gestão que estrutura políticas sólidas, moderniza processos, qualifica equipes e reforça a presença do Estado onde ela é mais necessária, promovendo dignidade e autonomia aos profissionais do setor.
"Estes avanços só foram possíveis graças ao esforço conjunto de profissionais dedicados, gestores comprometidos e parceiros institucionais que compartilham a mesma visão de cuidado e responsabilidade pública. Esse trabalho integrado nos permite reafirmar que políticas eficazes são aquelas que, além de eficientes, são humanas, acessíveis e permanentes", reforçou Pollyanna.
A aproximação entre Estado e artesãos também se fortaleceu com ações locais, como o Mutirão de Cadastramento de Artesãos em Morretes, durante a 39ª Festa Feira de Morretes, promovendo regularização profissional, orientação e acesso facilitado à política estadual de artesanato.
O conjunto das iniciativas consolida 2025 como um ano de avanços para o artesanato paranaense. As feiras ampliaram a visibilidade e abriram novos mercados; os mutirões garantiram mais formalização; e a liderança nacional na emissão da Carteira Nacional do Artesão demonstra a força e o crescimento do setor. "As ações reforçam o compromisso do Governo do Estado em fortalecer a economia criativa, garantir oportunidades e valorizar o trabalho de quem transforma saberes tradicionais em identidade e renda para o Paraná", enfatiza a secretária Leandre.






